
Zelensky se diz aberto a conversas diretas com Putin para encerrar guerra
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou disposição para dialogar diretamente com Vladimir Putin, visando a paz.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou em uma entrevista divulgada nesta terça-feira (4) que está disposto a manter conversas diretas com o líder russo, Vladimir Putin, para buscar uma solução pacífica para o conflito que se arrasta há quase três anos, desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Durante a conversa com o jornalista britânico Piers Morgan, Zelensky afirmou: “Se esta é a única forma na qual podemos levar a paz aos cidadãos da Ucrânia e não perder gente, sem dúvida apostaremos por esta configuração.” O presidente ucraniano enfatizou que a presença de outros “participantes” nas negociações seria essencial.
A entrevista foi transmitida no canal de YouTube “Piers Morgan Uncensored” e levantou questões sobre a possibilidade de um diálogo mais amplo, envolvendo não apenas a Ucrânia e a Rússia, mas também Estados Unidos e União Europeia, conforme sugerido por Morgan.
Nos últimos meses, Zelensky havia se mostrado relutante em aceitar negociações diretas com Putin, preferindo uma abordagem militar para enfrentar as tropas russas. Um decreto emitido em outubro de 2022 descartava qualquer possibilidade de diálogo enquanto Putin permanecesse no poder.


No entanto, a situação no campo de batalha tem se mostrado desafiadora para a Ucrânia, que enfrenta dificuldades significativas contra os avanços russos, especialmente no leste do país. Além disso, há preocupações sobre a continuidade da ajuda militar americana, especialmente com a volta do ex-presidente Donald Trump ao cenário político, que criticou os gastos com apoio à Ucrânia durante sua campanha.
As conversas de paz ainda são vistas como um cenário hipotético, sem elementos concretos que indiquem um avanço nas negociações. As posições de Moscou e Kiev permanecem distantes, dificultando um entendimento entre as partes.
Zelensky, por sua vez, tem insistido que qualquer acordo de paz deve incluir garantias de segurança dos países ocidentais para a Ucrânia, um ponto que continua sendo um obstáculo nas discussões.
A Rússia, por sua parte, mantém suas exigências, que incluem a rendição da Ucrânia e a renúncia do país em se juntar à Otan, além de reivindicar a manutenção dos territórios que afirma ter anexado.
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