O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que discutiu com Vladimir Putin a guerra na Ucrânia, mas Kremlin não confirma.
09 de Fevereiro de 2025 às 13h32

Trump afirma ter conversado com Putin sobre o fim da guerra na Ucrânia

O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que discutiu com Vladimir Putin a guerra na Ucrânia, mas Kremlin não confirma.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter mantido uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia, uma informação que não foi confirmada oficialmente pelo Kremlin. A revelação foi feita em entrevista ao jornal americano New York Post, onde Trump destacou que o líder russo “quer que as pessoas parem de morrer”.

Durante a entrevista, realizada a bordo do Air Force One, Trump se esquivou de fornecer detalhes sobre a frequência das conversas, alegando que seria “melhor não dizer”. No entanto, ele enfatizou que possui um plano para encerrar o conflito, embora não tenha compartilhado informações específicas sobre como pretende implementá-lo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre a conversa, declarou que não poderia confirmar nem desmentir as alegações de Trump. “Conforme o governo em Washington realiza seu trabalho, surgem muitas comunicações diferentes, e essas comunicações são conduzidas por diferentes canais. Eu pessoalmente posso não saber de algo”, explicou Peskov.

Trump, que prometeu acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia caso seja reeleito, descreveu o conflito como um “banho de sangue” e afirmou que sua equipe teve “algumas conversas muito boas” sobre o tema. Ele também mencionou que espera que as negociações sejam rápidas, ressaltando a urgência da situação: “Todo dia, pessoas estão morrendo. Essa guerra está muito ruim na Ucrânia. Quero acabar com essa coisa maldita”.

O ex-presidente dos EUA tem um histórico de comentários positivos sobre Putin e frequentemente sugere que um acordo de paz poderia ser alcançado. Contudo, a falta de detalhes sobre suas intenções gera ceticismo entre especialistas e observadores da situação.

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Desde o início do conflito em 2014, a Rússia tem mantido uma postura agressiva em relação à Ucrânia, que se intensificou com a invasão de 2022. A guerra resultou em milhares de mortes e um deslocamento massivo de civis, e a comunidade internacional continua a acompanhar de perto os desdobramentos.

Enquanto isso, a Ucrânia e seus aliados ocidentais, liderados pelos EUA, têm se oposto firmemente às ações russas, considerando-as uma anexação territorial. A situação permanece tensa, com o Kremlin insistindo em que as negociações devem ocorrer sem a participação da Ucrânia, o que contraria a posição do governo ucraniano.

Trump também indicou que pretende se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em breve, o que poderia abrir novas possibilidades para discussões sobre a paz. No entanto, a resistência de Putin em fazer concessões territoriais significativas continua a ser um obstáculo para qualquer acordo duradouro.

O presidente dos EUA afirmou que, se estivesse no cargo durante a invasão, a guerra “nunca teria acontecido”, creditando seu “bom relacionamento” com Putin como um fator crucial. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos de Trump, especialmente em relação à sua política externa e ao futuro da Ucrânia.

Embora Trump tenha prometido um plano para resolver a crise, a falta de clareza sobre suas propostas gera incertezas entre os analistas. O Kremlin, por sua vez, parece estar aguardando sinais de Washington sobre a continuidade das negociações e possíveis encontros entre os líderes.

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