Lula garante que, se Jair Bolsonaro concorrer à presidência em 2026, será derrotado novamente
05 de Fevereiro de 2025 às 10h30

‘Se for comigo, vai perder outra vez’, afirma Lula sobre Bolsonaro em 2026

Lula garante que, se Jair Bolsonaro concorrer à presidência em 2026, será derrotado novamente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta quarta-feira (5) que, caso a Justiça permita que o ex-presidente Jair Bolsonaro dispute as eleições de 2026, ele será derrotado novamente, assim como ocorreu em 2022. A declaração foi feita durante uma entrevista a rádios de Minas Gerais.

“Se a Justiça entender que ele pode concorrer, ele vai concorrer. Mas, se for comigo, vai perder outra vez”, afirmou Lula, enfatizando a confiança em sua posição política e em seu apoio popular.

Bolsonaro, que atualmente enfrenta inelegibilidade devido a condenações relacionadas a um encontro com embaixadores onde disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral, tem tentado reverter essa situação por meio de articulações no Congresso. Lula, por sua vez, minimizou essas tentativas, afirmando que “não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição neste país”.

O presidente também comentou sobre as pressões para flexibilizar a Lei da Ficha Limpa, que, se aprovada, poderia permitir a candidatura de Bolsonaro. Ele ironizou o fato de que os bolsonaristas estão buscando anistia antes mesmo de uma condenação definitiva, afirmando: “Quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque estão se condenando”.

Além de reafirmar sua confiança em uma nova vitória, Lula também se posicionou sobre a situação política atual, afirmando que a aliança com o PSD é “forte” e que o ministro Alexandre Silveira, que ocupa o Ministério de Minas e Energia, será mantido em sua posição. Contudo, ele cometeu um erro ao mencionar os ministérios que o partido possui no governo.

“Tenho aliança muito forte com o PSD. Tenho três ministros do PSD no governo. Alexandre Silveira é ministro extraordinário, tem feito trabalho excepcional e será mantido”, declarou Lula, embora tenha confundido a liderança do partido em alguns ministérios.

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Recentemente, uma pesquisa Genial/Quaest indicou uma queda na aprovação do governo Lula, que recuou de 52% para 47%, com um aumento na desaprovação. A pesquisa revelou que 49% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente, refletindo insatisfações entre eleitores de baixa renda e moradores do Nordeste.

O governo atribui essa queda à alta nos preços dos alimentos e à crise envolvendo o sistema de pagamentos Pix. Para reverter esse cenário, o Planalto está promovendo mudanças na comunicação, com a substituição do publicitário Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Sidônio, que assumiu o cargo recentemente, tem o desafio de enfrentar a disseminação de fake news e de melhorar a imagem do governo nas redes sociais. Ele destacou que a desinformação tem criado uma “cortina de fumaça” que impede que as ações do governo sejam percebidas pela população.

A reforma ministerial planejada por Lula também está em pauta, com disputas entre partidos para garantir espaços no governo. O PSD, por exemplo, está buscando assegurar a manutenção de seus ministros, enquanto a possibilidade de um novo nome para o Ministério da Agricultura gera tensões internas.

Além disso, Lula se posicionou sobre a situação de outros ministros, como Carlos Fávaro, que ocupa o Ministério da Agricultura, e a pressão que ele enfrenta de outros partidos. A expectativa é que o governo busque um equilíbrio nas articulações políticas para garantir a governabilidade.

Com a aproximação das eleições de 2026, a disputa política entre Lula e Bolsonaro promete ser acirrada, e o presidente petista parece determinado a manter sua posição de destaque no cenário político nacional, reafirmando sua confiança em uma nova vitória nas urnas.

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