
‘Se for comigo, vai perder outra vez’, afirma Lula sobre Bolsonaro em 2026
Lula garante que, se Jair Bolsonaro concorrer à presidência em 2026, será derrotado novamente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta quarta-feira (5) que, caso a Justiça permita que o ex-presidente Jair Bolsonaro dispute as eleições de 2026, ele será derrotado novamente, assim como ocorreu em 2022. A declaração foi feita durante uma entrevista a rádios de Minas Gerais.
“Se a Justiça entender que ele pode concorrer, ele vai concorrer. Mas, se for comigo, vai perder outra vez”, afirmou Lula, enfatizando a confiança em sua posição política e em seu apoio popular.
Bolsonaro, que atualmente enfrenta inelegibilidade devido a condenações relacionadas a um encontro com embaixadores onde disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral, tem tentado reverter essa situação por meio de articulações no Congresso. Lula, por sua vez, minimizou essas tentativas, afirmando que “não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição neste país”.
O presidente também comentou sobre as pressões para flexibilizar a Lei da Ficha Limpa, que, se aprovada, poderia permitir a candidatura de Bolsonaro. Ele ironizou o fato de que os bolsonaristas estão buscando anistia antes mesmo de uma condenação definitiva, afirmando: “Quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque estão se condenando”.
Além de reafirmar sua confiança em uma nova vitória, Lula também se posicionou sobre a situação política atual, afirmando que a aliança com o PSD é “forte” e que o ministro Alexandre Silveira, que ocupa o Ministério de Minas e Energia, será mantido em sua posição. Contudo, ele cometeu um erro ao mencionar os ministérios que o partido possui no governo.
“Tenho aliança muito forte com o PSD. Tenho três ministros do PSD no governo. Alexandre Silveira é ministro extraordinário, tem feito trabalho excepcional e será mantido”, declarou Lula, embora tenha confundido a liderança do partido em alguns ministérios.


Recentemente, uma pesquisa Genial/Quaest indicou uma queda na aprovação do governo Lula, que recuou de 52% para 47%, com um aumento na desaprovação. A pesquisa revelou que 49% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente, refletindo insatisfações entre eleitores de baixa renda e moradores do Nordeste.
O governo atribui essa queda à alta nos preços dos alimentos e à crise envolvendo o sistema de pagamentos Pix. Para reverter esse cenário, o Planalto está promovendo mudanças na comunicação, com a substituição do publicitário Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Sidônio, que assumiu o cargo recentemente, tem o desafio de enfrentar a disseminação de fake news e de melhorar a imagem do governo nas redes sociais. Ele destacou que a desinformação tem criado uma “cortina de fumaça” que impede que as ações do governo sejam percebidas pela população.
A reforma ministerial planejada por Lula também está em pauta, com disputas entre partidos para garantir espaços no governo. O PSD, por exemplo, está buscando assegurar a manutenção de seus ministros, enquanto a possibilidade de um novo nome para o Ministério da Agricultura gera tensões internas.
Além disso, Lula se posicionou sobre a situação de outros ministros, como Carlos Fávaro, que ocupa o Ministério da Agricultura, e a pressão que ele enfrenta de outros partidos. A expectativa é que o governo busque um equilíbrio nas articulações políticas para garantir a governabilidade.
Com a aproximação das eleições de 2026, a disputa política entre Lula e Bolsonaro promete ser acirrada, e o presidente petista parece determinado a manter sua posição de destaque no cenário político nacional, reafirmando sua confiança em uma nova vitória nas urnas.
Veja também: