
Desabamento na Igreja de Ouro em Salvador deixa uma turista morta e feridos
Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, estava visitando o famoso templo barroco quando parte do teto desabou.
Na tarde desta quarta-feira, 5 de fevereiro, um trágico desabamento na Igreja de São Francisco de Assis, popularmente conhecida como a “igreja de ouro”, em Salvador (BA), resultou na morte de uma turista e deixou outras seis pessoas feridas. O incidente ocorreu por volta das 14h30, enquanto Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, natural de Ribeirão Preto, São Paulo, estava visitando o local.
Giulia, que era estudante e trabalhava na área de recursos humanos, estava acompanhada de seu namorado e amigos no momento do acidente. A jovem foi identificada pela Polícia Civil da Bahia como a única vítima fatal do desabamento. O corpo de Giulia foi removido do local às 16h50 e levado para o Instituto Médico Legal para necropsia.
Além da vítima fatal, outras seis pessoas, incluindo uma turista, sofreram ferimentos leves e foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros. Todas as vítimas foram encaminhadas para uma unidade de saúde local e não correm risco de morte.
A Defesa Civil de Salvador interditou a área devido aos riscos associados aos destroços, enquanto equipes de resgate trabalhavam para identificar possíveis vítimas presas sob os escombros. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a cena do desabamento, com uma nuvem de poeira e destroços cobrindo a área onde os fiéis costumam acompanhar as missas.
A Igreja de São Francisco de Assis, um dos principais pontos turísticos do Centro Histórico de Salvador e reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, é famosa por sua arquitetura barroca e pelo uso intenso de ouro em sua ornamentação interna. O templo, que já havia passado por intervenções estruturais em anos anteriores, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como uma forma de preservar sua importância cultural.


O desabamento do teto não é um evento isolado, já que a igreja apresentava problemas estruturais que foram identificados em inspeções anteriores. Em 2023, o local chegou a ser interditado devido a riscos de desabamento, e o Iphan havia destinado recursos para a conservação do espaço.
O superintendente do Iphan, Hermano Fabrício, afirmou que a conservação do imóvel é responsabilidade do proprietário e que o órgão tem realizado investimentos para garantir a preservação do patrimônio. Ele destacou que a segurança dos visitantes é uma prioridade e que vistorias estão sendo realizadas para avaliar os danos e definir as medidas necessárias para a recuperação da estrutura.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, expressou suas condolências às vítimas e seus familiares, afirmando que a prefeitura está à disposição para oferecer o suporte necessário e trabalhar na recuperação do patrimônio danificado. “Estamos acompanhando de perto a situação e trabalhando para minimizar os impactos dessa tragédia”, escreveu o prefeito em suas redes sociais.
A Igreja de São Francisco de Assis, construída entre os séculos XVII e XVIII, é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, atraindo turistas de diversas partes do Brasil e do mundo. O local é conhecido por sua rica história e pela beleza de sua arquitetura, que inclui painéis de azulejos portugueses e talhas em ouro.
As investigações sobre as causas do desabamento estão em andamento, com a expectativa de que as autoridades possam determinar as falhas que levaram a esse trágico acidente. O acesso à igreja permanece interditado enquanto as equipes de resgate e as autoridades realizam as avaliações necessárias.
Veja também: