
Cesta básica registra alta em 13 capitais; São Paulo é a mais cara do Brasil
Levantamento do Dieese aponta que a cesta básica subiu em 13 das 17 capitais, com São Paulo liderando os preços.
Um levantamento recente realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que o custo da cesta básica de alimentos aumentou em 13 das 17 capitais brasileiras em janeiro de 2025. A pesquisa, que é realizada desde 2005, mostrou que o preço médio da cesta básica em São Paulo atingiu R$ 851,82, representando 60% do salário mínimo oficial, que é de R$ 1.518.
O estudo destacou que a maior alta foi observada em Salvador, com um aumento de 6,22%, seguida por Belém, que registrou 4,80%, e Fortaleza, com 3,96%. Por outro lado, algumas cidades apresentaram queda nos preços, como Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%).
De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.156,15 em janeiro, considerando o aumento nos preços dos alimentos e outros custos essenciais.
O estudo também revelou que a renda média do trabalhador brasileiro em outubro de 2024 foi de R$ 3.279,00, destacando a discrepância entre os salários e o custo de vida.


Os principais responsáveis pelo aumento da cesta básica foram o café em pó, que teve alta em todas as capitais, e o tomate, que apresentou variações significativas. O preço do pão francês também subiu em 16 cidades, refletindo a menor oferta de trigo nacional e a necessidade de importação devido à desvalorização do câmbio.
Apesar do aumento nos preços, alguns itens como batata, leite integral, arroz agulhinha e feijão preto tiveram queda nos preços, o que ajudou a conter o reajuste da cesta básica em algumas regiões.
As capitais do Sul e Sudeste do Brasil continuam a registrar os preços mais altos, com Florianópolis custando R$ 808,75 e o Rio de Janeiro R$ 802,88. Curitiba, Vitória e Belo Horizonte também estão entre as cidades com preços elevados, mas com valores inferiores aos das capitais mais caras.
O levantamento do Dieese aponta que a inflação nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, o que se aproxima do aumento indicado na pesquisa da cesta básica.
O estudo conclui que o aumento no custo da cesta básica é um reflexo das condições econômicas atuais e da variação dos preços de itens essenciais, impactando diretamente a vida dos trabalhadores brasileiros.
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