O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,11% em janeiro, segundo a FGV.
07 de Fevereiro de 2025 às 09h53

IGP-DI de janeiro registra alta de 0,11%, após avanço de 0,87% em dezembro

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,11% em janeiro, segundo a FGV.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou uma alta de 0,11% em janeiro, conforme divulgado nesta sexta-feira, 7, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Este resultado é uma desaceleração significativa em relação ao avanço de 0,87% registrado em dezembro do ano anterior.

O desempenho do IGP-DI ficou em linha com a mediana das expectativas de instituições financeiras, que apontavam para uma variação entre uma queda de 0,10% e uma alta de 0,29%. Com esse resultado, o índice acumulou um aumento de 7,27% nos últimos 12 meses.

A FGV também divulgou os resultados dos três componentes que integram o IGP-DI. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa cerca de 60% do indicador, teve uma leve alta de 0,03% em janeiro, após um aumento de 1,08% em dezembro. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que abrange 30% do IGP-DI, subiu apenas 0,02% em janeiro, após uma elevação de 0,31% no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que mede a variação de preços na construção civil, registrou uma aceleração, com um aumento de 0,83% em janeiro, comparado a 0,50% em dezembro.

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O período de coleta de preços para o cálculo do IGP-DI de janeiro ocorreu entre o dia 1º e 31 do mês. A desaceleração no índice é atribuída, entre outros fatores, à queda nos preços de commodities essenciais, como soja, minério de ferro e milho, que impactaram a inflação ao produtor.

André Braz, economista do FGV IBRE, destacou que “a queda nos preços de commodities essenciais contribuiu para a desaceleração da inflação ao produtor. No varejo, a inflação se manteve estável, refletindo a queda nos preços da energia e os aumentos nos grupos de alimentação e transportes”.

Esses dados são cruciais para entender a dinâmica da economia brasileira, especialmente em um momento em que a inflação tem sido uma preocupação constante para consumidores e produtores. O IGP-DI é um dos principais indicadores de inflação e é amplamente utilizado para ajustar contratos e tarifas.

A análise dos componentes do IGP-DI mostra que, enquanto o setor atacadista enfrenta uma leve desaceleração, os preços ao consumidor e na construção civil continuam a apresentar variações significativas, o que pode indicar diferentes pressões inflacionárias em cada segmento da economia.

O acompanhamento desses índices é essencial para que economistas e formuladores de políticas públicas possam tomar decisões informadas sobre a condução da política monetária e fiscal no Brasil.

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