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IGP-M registra alta de 0,39% na primeira prévia de fevereiro, segundo FGV
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apresenta aceleração em fevereiro, influenciado por aumento nos custos de produção e construção.
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou uma inflação de 0,39% na primeira prévia de fevereiro, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 11, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado mostra uma aceleração em relação aos 0,33% registrados na mesma leitura do mês anterior e aos 0,27% no fechamento de janeiro.
O IGP-M é um indicador importante que reflete a variação de preços em diversos setores da economia, sendo amplamente utilizado para reajustar contratos de aluguel. O índice é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M).
O IPA-M, que tem um peso de 60% na composição do IGP-M, apresentou uma alta de 0,37% na primeira medição de fevereiro, subindo em relação aos 0,31% registrados na primeira prévia de janeiro. Essa alta indica um aumento nos custos de produção, que pode impactar os preços finais ao consumidor.
Por outro lado, o IPC-M, que representa 30% do IGP-M, teve uma variação de 0,22%, apresentando uma desaceleração em comparação aos 0,30% do mês anterior. Essa redução pode refletir uma diminuição na pressão inflacionária sobre os preços ao consumidor, embora o aumento no IPA-M sugira que os custos de produção ainda estão em alta.
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O INCC-M, que compõe os 10% restantes do IGP-M, registrou uma alta significativa de 0,85% nesta leitura, em comparação aos 0,51% da prévia anterior. Essa variação indica um aumento nos custos de construção, o que pode impactar o setor imobiliário e os preços de imóveis no futuro.
O avanço do IGP-M pode ter consequências diretas no mercado de aluguéis, uma vez que muitos contratos são reajustados com base nesse índice. A alta nos custos de produção e construção, evidenciada pelo IPA-M e pelo INCC-M, pode levar a um aumento nos preços dos aluguéis, afetando consumidores e investidores do setor imobiliário.
Além disso, a combinação de alta no IPA-M e no INCC-M, juntamente com a desaceleração do IPC-M, sugere uma dinâmica complexa no mercado, onde os custos de produção estão subindo, mas a pressão sobre os preços ao consumidor pode estar diminuindo. Esse cenário pode gerar um ambiente de incerteza para os consumidores e para o setor econômico como um todo.
Com a divulgação desses dados, analistas e economistas estarão atentos às próximas medições do IGP-M, que podem indicar tendências futuras na inflação e nos custos de vida no Brasil. O acompanhamento desses índices é crucial para entender a evolução da economia brasileira e suas implicações para o mercado imobiliário e para os consumidores.
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