Aumento do ICMS e reajuste da Petrobras elevam preços da gasolina e diesel em até 4,59%

Os preços dos combustíveis no Brasil sofreram uma elevação significativa após o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o reajuste realizado pela Petrobras. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do litro da gasolina subiu de R$ 6,20, entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro, para R$ 6,35, entre 2 e 8 de fevereiro, representando um aumento de 2,41%.

O diesel, por sua vez, teve um aumento ainda mais acentuado, com uma alta média de 4,59%, passando de R$ 6,10 para R$ 6,38 no mesmo período. Essa variação nos preços reflete não apenas o aumento do ICMS, que foi de R$ 0,10 por litro na gasolina e R$ 0,06 no diesel, mas também o reajuste realizado pela Petrobras, que elevou o preço do diesel para as distribuidoras.

O impacto do aumento nos combustíveis é significativo, especialmente em um momento em que a inflação já pressiona o bolso dos brasileiros. A gasolina, que já havia registrado quedas nas semanas anteriores, agora vê sua trajetória revertida, atingindo o maior preço médio desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O sindicato dos postos de combustíveis do Paraná, Paranapetro, destacou que os aumentos nos preços dos combustíveis chegaram aos postos com valores superiores ao que era previsto, atribuindo parte dessa elevação ao aumento do preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura vendida nos postos.

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Além disso, a ANP observou que o diesel S-10 foi comercializado a R$ 6,44 por litro, uma alta de R$ 0,26 em relação à semana anterior. Essa elevação, embora significativa, ainda está abaixo da soma do aumento do ICMS e do reajuste nas refinarias.

O aumento nos preços dos combustíveis não afeta apenas o transporte, mas também tem reflexos diretos sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que já enfrenta pressões devido ao aumento no custo dos alimentos e outros insumos essenciais. A gasolina, em particular, foi um dos principais responsáveis pela alta da inflação nos últimos meses.

Os dados da ANP também indicam que o etanol hidratado teve um leve aumento, passando de R$ 4,29 para R$ 4,37 por litro. Essa alta, embora menor, também contribui para o aumento geral dos custos de transporte e, consequentemente, para a inflação.

O cenário atual levanta preocupações sobre a capacidade do governo federal de controlar a inflação, especialmente em um ano em que a meta estabelecida pelo Banco Central é de 4,5%. O aumento dos combustíveis pode dificultar o cumprimento dessa meta, uma vez que a gasolina e o diesel têm um papel central na formação de preços de diversos produtos e serviços.

Os preços médios da gasolina e do diesel variam significativamente entre as regiões do Brasil. No Acre, por exemplo, o litro da gasolina chegou a ser vendido a R$ 7,49, enquanto em São Paulo, o preço médio é de R$ 6,17. O diesel também apresenta variações, com o maior preço registrado no Acre, a R$ 7,64, e em São Paulo, a R$ 6,32.