
EUA: execução controversa por asfixia gera críticas da ONU
Método de inalação de nitrogênio é considerado tortura pela Organização das Nações Unidas.
Na última quinta-feira, um homem de 52 anos foi executado nos Estados Unidos por meio da inalação de nitrogênio, um método que tem sido alvo de críticas por parte da Organização das Nações Unidas (ONU). O prisioneiro havia sido condenado à morte há quase três décadas pelo estupro e assassinato de uma mulher.
A execução ocorreu no Alabama, onde o uso do gás nitrogênio é o único protocolo ainda em vigor entre os estados americanos. Essa foi a quarta vez que esse método foi utilizado no estado, enquanto outras regiões do país optam pela injeção letal.
A ONU considera a inalação de nitrogênio um “método não comprovado” que pode constituir tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante. A União Europeia também classifica essa forma de execução como “particularmente cruel”.
O homem executado foi condenado em 1996, após ter invadido o apartamento de sua vítima, cometido o estupro e, em seguida, a assassinado. O crime ocorreu em 1991, quando a mulher tinha 40 anos e era mãe de dois filhos.


Antes de sua condenação no Alabama, o réu já havia sido sentenciado à prisão perpétua em Michigan, onde não há pena de morte, por crimes semelhantes, incluindo o estupro e assassinato de uma menina de 14 anos.
Os recursos apresentados pelo prisioneiro, tanto para ser transferido de volta a Michigan quanto contra o método de execução, foram rejeitados pelos tribunais americanos.
A execução foi realizada em uma prisão de Atmore, onde o homem foi declarado morto às 18h36, horário local. Este evento marca a terceira execução nos Estados Unidos em 2025, após 25 execuções em 2024 e 24 em 2023.
A pena de morte permanece um tema controverso nos EUA, com 23 estados já abolindo essa prática. Além disso, outros três estados, incluindo Califórnia, Oregon e Pensilvânia, estão sob moratórias.
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