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Moradora do Flamengo encontra bala de fuzil em fatia de pão de forma
Projétil de calibre 7.62 foi descoberto ao preparar o café da manhã para o filho.
Uma moradora do bairro Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, viveu um momento de grande susto ao preparar o café da manhã para seu filho de um ano. Ao retirar uma fatia de pão de forma da embalagem e passar manteiga, ela se deparou com uma bala de fuzil perfurando o alimento.
O projétil, identificado como sendo de um fuzil de calibre 7.62, pode alcançar até 4 quilômetros de distância, mas é considerado letal a até 3 quilômetros, conforme informações do ex-instrutor de tiros do Bope, Paulo Storani. Ao verificar a embalagem do pão, a mulher encontrou um furo compatível com o tamanho do projétil.
“Fui fazer uma torrada para o nosso filho e percebi que a primeira fatia abaixo da capa do pão estava bastante amassada. Peguei a segunda e, quando passei manteiga, vi que uma parte estava esverdeada. Olhei mais de perto e encontrei o projétil”, relatou a mulher, que preferiu não se identificar.
O pão havia sido adquirido em um supermercado local. A moradora suspeita que a bala tenha atingido o alimento durante o transporte ou na própria fábrica, situada na Avenida Adhemar Bebiano, em Inhaúma, próximo ao Complexo do Alemão, uma área frequentemente marcada por confrontos entre policiais e criminosos.
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Recentemente, a região foi palco de uma intensa troca de tiros após uma operação das Polícias Civil e Militar, que resultou em seis mortos e nove feridos. A mulher, ao perceber a bala, ficou alarmada, pois não havia ouvido disparos em sua residência e não reside em uma área de risco.
Em nota à imprensa, a empresa responsável pela produção do pão afirmou que “nenhuma ocorrência foi registrada nas dependências da fábrica e todos os lotes são submetidos a um rigoroso processo de controle de qualidade, incluindo um detector de metais”.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o alimento perfurado, com o projétil preso a ele, o que gerou repercussão nas plataformas digitais. A situação levanta preocupações sobre a segurança alimentar e a possibilidade de contaminação de produtos em áreas de conflito.
O incidente gerou um alerta sobre as práticas de segurança nas fábricas que operam em regiões com histórico de violência. A moradora do Flamengo, ao compartilhar sua experiência, espera que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam no futuro.
Enquanto isso, a Polícia Civil informou que não houve registro do caso na delegacia da área, o que levanta questões sobre a comunicação e o acompanhamento de incidentes relacionados à segurança alimentar.
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