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São Paulo registra primeira morte por dengue em 2025, com 3.721 casos confirmados
Menina de 11 anos, moradora de Ermelino Matarazzo, faleceu em janeiro; estado já contabiliza 56 óbitos.
A cidade de São Paulo confirmou nesta terça-feira (11) a primeira morte por dengue em 2025. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, que informou que a vítima, uma menina de 11 anos, moradora de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital, faleceu no dia 30 de janeiro. O caso foi investigado pelo Instituto Adolfo Lutz.
A Secretaria lamentou profundamente a perda e destacou que, até o momento, foram registrados 3.721 casos da doença na cidade. Além da morte confirmada, outras 12 estão sob investigação, juntamente com 769 casos suspeitos de dengue.
No estado de São Paulo, o primeiro óbito por dengue foi registrado em 16 de janeiro, na cidade de Birigui, e o total de mortes já chega a 56. As cidades de Jaboticabal e São José do Rio Preto são as que mais têm registrado óbitos, com seis casos cada.
O aumento no número de casos e mortes por dengue acende um alerta para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A população é orientada a eliminar possíveis criadouros, como água parada em recipientes, e a procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, dores musculares e mal-estar.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo está monitorando a situação e trabalhando em conjunto com os municípios para conter o avanço da doença. Mais informações devem ser divulgadas nos próximos dias.
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A dengue é uma doença viral que pode evoluir para formas graves, como a dengue hemorrágica, colocando vidas em risco. Diante do aumento de casos e óbitos em todo o país, a vacinação surge como uma das principais ferramentas para prevenir a doença e reduzir seu impacto na saúde pública.
No Brasil, a vacina contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas apenas para grupos específicos, devido à limitação de doses e ao direcionamento estratégico. Atualmente, a vacina utilizada no SUS é a Qdenga, que é aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre a primeira e a segunda.
Essa vacina é restrita a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue no país. Essa estratégia foi definida pelo Ministério da Saúde com base em dados epidemiológicos e na disponibilidade do imunizante.
Até o momento, apenas 38% do público-alvo na faixa etária de 10 a 14 anos, considerada prioritária, recebeu as duas doses do imunizante. Estima-se que nessa faixa de idade vivam cerca de 600 mil pessoas na capital paulista.
O cenário atual exige um esforço conjunto da população e das autoridades de saúde para controlar a propagação da dengue e proteger a saúde pública.
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