Companheira de advogado morto em queda de avião diz: 'Queria que fosse só um pesadelo'

A tragédia que vitimou Mário Louzada Carpena, advogado de 49 anos, e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros, de 44, na manhã da última sexta-feira (7), deixou um rastro de dor e comoção. O acidente ocorreu quando a aeronave de pequeno porte, um King Air F90, caiu na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A companheira de Carpena, a biomédica Francieli Pedrotti Rozales, fez uma emocionante homenagem ao advogado nas redes sociais.

Francieli compartilhou fotos do casal e expressou sua tristeza com a perda, afirmando que gostaria que tudo não passasse de um “pesadelo”. “Que dor horrível te perder. A vida é muito injusta. Um homem tão intenso, cheio de vontade de viver, com grandes projetos e sonhos. Ah, meu amor, como eu queria que fosse só um pesadelo, acordar, virar para o lado e te abraçar”, escreveu ela.

Carpena era conhecido por sua atuação em um escritório de advocacia com foco empresarial e por compartilhar momentos da sua vida familiar nas redes sociais. Ele deixa três filhos e, em dezembro, havia registrado o primeiro voo da aeronave que acabou caindo, celebrando a conquista com a legenda “família reunida”.

Além da homenagem, Francieli também expressou seu orgulho pela conquista da aeronave, que havia sido adquirida recentemente. “Parabéns, meu amor, por mais essa conquista”, disse ela em um comentário, ao qual Carpena respondeu: “que façamos muitos voos juntos e sejamos muito felizes”.

Em uma postagem recente, Francieli agradeceu pelo tempo que passou ao lado de Carpena, afirmando: “Obrigada por ter me feito a mulher mais feliz desse mundo. Eu nunca estive tão feliz em toda minha vida e nunca me senti tão amada como fui ao teu lado.”

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Formado em ciências jurídicas e sociais pela PUC-RS, Carpena se destacou na área contenciosa civil, atuando em tribunais regionais, estaduais e superiores, além de ter sido professor na mesma instituição. Sua formação inclui um mestrado em direito processual civil, obtido em 2003.

O piloto Gustavo Medeiros, que também perdeu a vida no acidente, estava aguardando o nascimento do seu primeiro filho. Em entrevista, o amigo Wellington Zancan comentou sobre a felicidade de Gustavo, que era casado e estava animado com a chegada do bebê.

A aeronave que caiu, fabricada em 1981 e com capacidade para até oito pessoas, havia sido adquirida pela Múltipla Inteligência Operações Estruturadas LTDA em dezembro. O avião estava registrado apenas para operações privadas e não tinha autorização para realizar táxi aéreo.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a situação de aeronavegabilidade do avião era normal, e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) estava ativo e válido até o final de 2025.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) foram acionados para apurar as causas do acidente.