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Haddad desmente rumores sobre taxação de big techs em resposta a tarifas dos EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirma que não há planos de taxar empresas de tecnologia em represália às tarifas americanas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu nesta segunda-feira, 10, informações que sugeriam que o governo brasileiro planejava taxar grandes empresas de tecnologia, conhecidas como 'big techs', caso os Estados Unidos impusessem tarifas sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio. A declaração foi feita em uma postagem na rede social X, onde Haddad afirmou que a informação não é correta.
“Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”, disse Haddad. Ele explicou que o governo brasileiro optou por se manifestar apenas com base em “decisões concretas” e não em anúncios que possam ser mal interpretados ou revistos. “Vamos aguardar a orientação do presidente”, acrescentou.
A polêmica surgiu após a publicação de uma matéria no jornal Folha de S.Paulo, que indicava que o governo poderia taxar plataformas digitais norte-americanas, como Amazon, Facebook e Google, caso o presidente americano, Donald Trump, formalizasse a intenção de aumentar as tarifas em até 25% para produtos de todos os países.
Uma fonte do governo também confirmou que não há qualquer relação entre a discussão sobre taxação das big techs e as tarifas que Trump pretende impor. “Não há nenhuma associação entre os temas”, afirmou a fonte.
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O debate sobre a regulamentação das grandes plataformas digitais já estava na agenda do Ministério da Fazenda antes das ameaças de Trump. A proposta de regulamentação está em elaboração e ainda não foi enviada ao Congresso. O governo brasileiro considera que o tema está maduro e alinhado com as discussões na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Haddad reiterou que a posição do governo é de cautela e que qualquer manifestação oficial ocorrerá somente após decisões concretas serem tomadas. Ele destacou a importância de não se precipitar em declarações que possam ser mal interpretadas.
O ministro ressaltou que a abordagem do governo é sensata e visa evitar confusões que possam surgir de anúncios prematuros. “O governo vai aguardar decisão oficialmente antes de qualquer manifestação”, concluiu.
As discussões sobre a tributação das big techs são parte de um movimento global que busca maior regulação do setor, refletindo preocupações sobre a atuação dessas empresas em diferentes países. O governo brasileiro está atento a essas questões e busca alinhar suas políticas com as melhores práticas internacionais.
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