O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirma que não há planos de taxar empresas de tecnologia em represália às tarifas americanas.
10 de Fevereiro de 2025 às 15h33

Haddad desmente rumores sobre taxação de big techs em resposta a tarifas dos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirma que não há planos de taxar empresas de tecnologia em represália às tarifas americanas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu nesta segunda-feira, 10, informações que sugeriam que o governo brasileiro planejava taxar grandes empresas de tecnologia, conhecidas como 'big techs', caso os Estados Unidos impusessem tarifas sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio. A declaração foi feita em uma postagem na rede social X, onde Haddad afirmou que a informação não é correta.

“Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”, disse Haddad. Ele explicou que o governo brasileiro optou por se manifestar apenas com base em “decisões concretas” e não em anúncios que possam ser mal interpretados ou revistos. “Vamos aguardar a orientação do presidente”, acrescentou.

A polêmica surgiu após a publicação de uma matéria no jornal Folha de S.Paulo, que indicava que o governo poderia taxar plataformas digitais norte-americanas, como Amazon, Facebook e Google, caso o presidente americano, Donald Trump, formalizasse a intenção de aumentar as tarifas em até 25% para produtos de todos os países.

Uma fonte do governo também confirmou que não há qualquer relação entre a discussão sobre taxação das big techs e as tarifas que Trump pretende impor. “Não há nenhuma associação entre os temas”, afirmou a fonte.

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O debate sobre a regulamentação das grandes plataformas digitais já estava na agenda do Ministério da Fazenda antes das ameaças de Trump. A proposta de regulamentação está em elaboração e ainda não foi enviada ao Congresso. O governo brasileiro considera que o tema está maduro e alinhado com as discussões na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Haddad reiterou que a posição do governo é de cautela e que qualquer manifestação oficial ocorrerá somente após decisões concretas serem tomadas. Ele destacou a importância de não se precipitar em declarações que possam ser mal interpretadas.

O ministro ressaltou que a abordagem do governo é sensata e visa evitar confusões que possam surgir de anúncios prematuros. “O governo vai aguardar decisão oficialmente antes de qualquer manifestação”, concluiu.

As discussões sobre a tributação das big techs são parte de um movimento global que busca maior regulação do setor, refletindo preocupações sobre a atuação dessas empresas em diferentes países. O governo brasileiro está atento a essas questões e busca alinhar suas políticas com as melhores práticas internacionais.

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