Durante cúpula em Paris, JD Vance alertou que regulamentações rigorosas podem comprometer a indústria de inteligência artificial.
11 de Fevereiro de 2025 às 08h49

Vice-presidente dos EUA, JD Vance, critica regulamentação excessiva da IA em Paris

Durante cúpula em Paris, JD Vance alertou que regulamentações rigorosas podem comprometer a indústria de inteligência artificial.

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, fez um alerta nesta terça-feira em Paris sobre os riscos da "regulamentação excessiva" da inteligência artificial (IA). Em sua primeira grande fala política desde que assumiu o cargo, Vance afirmou que esse tipo de regulamentação pode comprometer uma indústria que está em rápida ascensão.

"Faremos o possível para promover políticas que incentivem o crescimento da IA", declarou Vance, ressaltando que os Estados Unidos se posicionam como líderes nesse setor. Ele enfatizou que o governo da administração Trump está comprometido em garantir que os sistemas de IA desenvolvidos na América sejam livres de viés ideológico.

Durante sua fala, o vice-presidente criticou a Lei de Serviços Digitais da União Europeia, que impõe regulamentações rigorosas sobre a remoção de conteúdo e a vigilância da desinformação. Segundo ele, essas regras representam um fardo injusto para as empresas de tecnologia americanas.

Vance também alertou sobre a necessidade de evitar acordos com "regimes autoritários", argumentando que isso poderia submeter os Estados Unidos a uma influência negativa. Ele mencionou a tecnologia 5G da China como um exemplo de como esses regimes podem tentar infiltrar-se na infraestrutura de informações de outras nações.

O vice-presidente destacou a importância de um equilíbrio entre regulamentação e inovação, afirmando que a falta de um ambiente favorável pode desestimular os inovadores. "Estamos à beira de uma nova revolução industrial, comparável à invenção da máquina a vapor. Mas isso não acontecerá se a regulamentação excessiva afastar os inovadores", disse.

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A cúpula em Paris reuniu líderes globais e executivos do setor de tecnologia para discutir o impacto da IA em segurança, economia e governança. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também esteve presente e enfatizou a necessidade de que a IA inspire confiança nas pessoas, garantindo sua segurança.

Enquanto isso, a competição global pela liderança em IA se intensifica, com os Estados Unidos, a China e a Europa adotando abordagens distintas. Vance criticou as políticas de moderação de conteúdo da Europa e sugeriu que os Estados Unidos deveriam reconsiderar seus compromissos com a OTAN caso restrições sejam impostas a plataformas de mídia social.

A discussão sobre como regular a IA foi um dos principais temas do evento, especialmente considerando os desafios que a tecnologia apresenta em relação à defesa e à guerra. O comandante da OTAN, almirante Pierre Vandier, expressou preocupações sobre a necessidade de controle da IA para evitar a perda de controle sobre a tecnologia.

Além das tensões diplomáticas, uma nova parceria público-privada chamada "Current AI" foi anunciada, com o objetivo de apoiar iniciativas de IA em larga escala para o bem público. No entanto, ainda não está claro se os Estados Unidos apoiarão esses esforços.

Por fim, a competição entre os setores privado e público em relação ao poder da IA continua a crescer. Um grupo de investidores liderado por Elon Musk fez uma oferta de 97,4 bilhões de dólares para adquirir a organização sem fins lucrativos por trás da OpenAI, que foi rapidamente rejeitada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, presente na cúpula em Paris.

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