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Trump assina ordem executiva para cortes significativos no governo federal
O presidente dos EUA, Donald Trump, busca reduzir o tamanho do governo com nova ordem executiva que envolve Elon Musk.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última terça-feira, uma ordem executiva que visa a redução significativa do tamanho do governo federal. A medida foi anunciada após um encontro inédito entre Trump e Elon Musk, CEO da Tesla e do X, no Salão Oval da Casa Branca.
A nova ordem executiva convoca os líderes das agências federais a limitarem contratações a cargos considerados "essenciais" e a se prepararem para grandes reduções na força de trabalho. Além disso, a ordem estabelece que, após saídas de funcionários, as agências só poderão contratar um novo empregado para cada quatro que se aposentarem ou deixarem o cargo.
Segundo informações divulgadas, a ordem também prevê exceções para áreas críticas, como segurança nacional e aplicação da lei, permitindo contratações adicionais nessas funções. A iniciativa faz parte do esforço de Trump para eliminar desperdícios e fraudes nos gastos públicos.
Musk, que foi colocado à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), expressou sua intenção de implementar “controles de senso comum” nos gastos federais, enfatizando a necessidade de utilizar o dinheiro do contribuinte de maneira responsável. Durante a reunião, ele afirmou que o povo americano votou por uma reforma significativa no governo e que isso é o que será entregue.
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O presidente Trump e Musk estão incentivando os funcionários federais a renunciarem em troca de pacotes de demissão que incluem até oito meses de salário e benefícios. No entanto, esse plano está temporariamente suspenso enquanto um juiz analisa sua legalidade.
Um comunicado da Casa Branca informou que, após a assinatura da ordem, as agências devem desenvolver planos para grandes reduções de força e avaliar quais componentes ou agências podem ser eliminados ou combinados, caso suas funções não sejam exigidas por lei.
Durante o encontro, Musk fez declarações polêmicas, alegando que alguns funcionários da extinta Usaid estariam recebendo "propinas" e que certos beneficiários da Previdência Social teriam até 150 anos. Essas afirmações foram feitas sem evidências apresentadas.
Enquanto isso, centenas de pessoas se reuniram em um protesto em frente ao Capitólio dos EUA, demonstrando apoio aos trabalhadores federais que se sentem ameaçados pelas medidas de corte. A situação gerou um ambiente de tensão entre o governo e os funcionários públicos, que temem por suas posições.
A ordem executiva de Trump representa um passo ousado em sua agenda de reforma governamental, que busca não apenas a redução de custos, mas também a reestruturação da forma como o governo opera. O impacto dessas mudanças ainda está sendo avaliado, mas a expectativa é de que elas provoquem debates acalorados sobre o futuro do serviço público nos Estados Unidos.
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