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Hamas confirma libertação de reféns israelenses após acordo de cessar-fogo
Grupo palestino se compromete a seguir cronograma de troca de prisioneiros mediado por Egito e Catar
O grupo militante palestino Hamas anunciou nesta quinta-feira, 13, que cumprirá o acordo de cessar-fogo e irá libertar reféns israelenses conforme o cronograma previamente estabelecido. A decisão foi tomada após intensas negociações com mediadores do Egito e do Catar, que prometeram trabalhar para eliminar obstáculos ao acordo.
O Hamas havia inicialmente adiado a liberação dos reféns, acusando o governo israelense de violar os termos da trégua. O grupo afirmou que mais três reféns israelenses seriam libertados no sábado, 15, conforme o combinado. Em um comunicado, o Hamas reiterou sua intenção de seguir o acordo, que inclui a troca de prisioneiros.
“O Hamas confirma sua posição contínua de implementar o acordo conforme o que foi assinado, incluindo a troca de prisioneiros dentro do prazo estipulado”, afirmou um porta-voz do grupo. O comunicado destacou que as negociações foram caracterizadas por um espírito positivo, com o Egito e o Catar se comprometendo a remover obstáculos e preencher lacunas nas conversas.
A pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, também influenciou a decisão do Hamas. O presidente dos EUA, Donald Trump, havia solicitado que todos os reféns fossem libertados até o meio-dia de sábado, ameaçando com uma resposta militar caso isso não ocorresse. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se manifestou, afirmando que a guerra em Gaza seria retomada se os reféns não fossem liberados no prazo estipulado.
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O Hamas, que já havia libertado 16 reféns até o momento, se comprometeu a libertar um total de 33 reféns israelenses em troca de 2 mil prisioneiros palestinos. As negociações para a troca estão sendo mediadas por autoridades egípcias e do Catar, que atuam como intermediários entre as partes.
Na última semana, o clima de tensão aumentou, com Israel mobilizando reservistas e se preparando para uma possível retomada das hostilidades. A situação se agravou após as ameaças de Trump e Netanyahu, que pressionaram o Hamas a cumprir o acordo de trégua.
Os mediadores egípcios e catarianos têm desempenhado um papel crucial nas negociações, buscando garantir que o acordo de cessar-fogo seja mantido e que as trocas de prisioneiros ocorram sem mais impasses. A expectativa é que a liberação dos reféns ocorra conforme o planejado, evitando assim um retorno ao conflito armado na região.
O Hamas, por sua vez, tem enfatizado que não está interessado no colapso do acordo de cessar-fogo e que deseja garantir sua implementação integral. A continuidade do diálogo entre as partes é vista como essencial para a manutenção da paz na Faixa de Gaza, uma região que já sofreu com décadas de conflito.
As negociações para uma segunda fase do acordo de cessar-fogo estão em andamento, com o Hamas sinalizando que poderá libertar o restante dos reféns em troca de mais prisioneiros palestinos e da retirada das forças israelenses de Gaza. A situação permanece delicada, e os próximos dias serão cruciais para determinar o futuro do acordo de trégua.
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