
Justiça alemã condena trio por extorsão à família do heptacampeão Michael Schumacher
Markus Fritsche e Yilmaz Tozturkan foram sentenciados a três anos de prisão por extorquir a família do piloto.
O tribunal de Wuppertal, na Alemanha, condenou na última quarta-feira (12) três homens envolvidos em uma tentativa de extorsão contra a família do ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher. O ex-segurança da família, Markus Fritsche, e o segurança de boate Yilmaz Tozturkan foram sentenciados a três anos de prisão, além de dois anos em liberdade condicional. O caso foi amplamente noticiado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
O crime remonta a 2020, quando Fritsche, que havia sido demitido, roubou mais de 1.500 arquivos confidenciais da família Schumacher, incluindo fotos, vídeos e informações médicas. Para arquitetar o plano, ele convocou Tozturkan, que por sua vez chamou seu filho, Daniel Lins, especialista em informática, para ajudar na execução do esquema.
Os três homens tentaram extorquir a família Schumacher, exigindo um pagamento de 15 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 95 milhões, em troca de não divulgar o material roubado na dark web. O tribunal considerou as ameaças graves, uma vez que o conteúdo poderia causar danos irreparáveis à privacidade da família.
Durante o julgamento, Tozturkan confessou sua participação e expressou arrependimento, afirmando: “Foi uma coisa muito, muito nojenta o que eu fiz. Isso ficou claro para mim no segundo dia na prisão. Eu assumo a responsabilidade por isso”. Fritsche, no entanto, manteve sua inocência, apesar das evidências apresentadas.


Daniel Lins, que também foi acusado, recebeu uma pena suspensa de seis meses, sendo considerado menos culpado por sua participação no crime, que se limitou à criação de um e-mail não rastreável para facilitar a comunicação com a família Schumacher e potenciais compradores do material.
A vida de Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, é mantida em sigilo desde o grave acidente de esqui que sofreu em 2013. Desde então, sua família tem se esforçado para proteger sua privacidade e evitar a exposição midiática.
Este caso não é o primeiro que envolve tentativas de extorsão à família Schumacher. Em 2014, um homem foi preso por roubar prontuários médicos do ex-piloto, e em 2017, outro indivíduo foi condenado por ameaçar os filhos de Schumacher, Gina-Marina e Mick, caso não recebesse um pagamento.
O tribunal de Wuppertal destacou a gravidade da extorsão e a necessidade de proteger a privacidade de indivíduos que, como Schumacher, já enfrentam desafios significativos em suas vidas pessoais. A decisão do tribunal reflete a determinação das autoridades alemãs em combater crimes dessa natureza.
Com a condenação, a justiça busca não apenas penalizar os responsáveis, mas também enviar uma mensagem clara sobre a proteção da privacidade e a integridade das pessoas, especialmente aquelas que estão em situações vulneráveis.
Veja também: