Markus Fritsche e Yilmaz Tozturkan foram sentenciados a três anos de prisão por extorquir a família do piloto.
13 de Fevereiro de 2025 às 10h23

Justiça alemã condena trio por extorsão à família do heptacampeão Michael Schumacher

Markus Fritsche e Yilmaz Tozturkan foram sentenciados a três anos de prisão por extorquir a família do piloto.

O tribunal de Wuppertal, na Alemanha, condenou na última quarta-feira (12) três homens envolvidos em uma tentativa de extorsão contra a família do ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher. O ex-segurança da família, Markus Fritsche, e o segurança de boate Yilmaz Tozturkan foram sentenciados a três anos de prisão, além de dois anos em liberdade condicional. O caso foi amplamente noticiado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

O crime remonta a 2020, quando Fritsche, que havia sido demitido, roubou mais de 1.500 arquivos confidenciais da família Schumacher, incluindo fotos, vídeos e informações médicas. Para arquitetar o plano, ele convocou Tozturkan, que por sua vez chamou seu filho, Daniel Lins, especialista em informática, para ajudar na execução do esquema.

Os três homens tentaram extorquir a família Schumacher, exigindo um pagamento de 15 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 95 milhões, em troca de não divulgar o material roubado na dark web. O tribunal considerou as ameaças graves, uma vez que o conteúdo poderia causar danos irreparáveis à privacidade da família.

Durante o julgamento, Tozturkan confessou sua participação e expressou arrependimento, afirmando: “Foi uma coisa muito, muito nojenta o que eu fiz. Isso ficou claro para mim no segundo dia na prisão. Eu assumo a responsabilidade por isso”. Fritsche, no entanto, manteve sua inocência, apesar das evidências apresentadas.

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Daniel Lins, que também foi acusado, recebeu uma pena suspensa de seis meses, sendo considerado menos culpado por sua participação no crime, que se limitou à criação de um e-mail não rastreável para facilitar a comunicação com a família Schumacher e potenciais compradores do material.

A vida de Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, é mantida em sigilo desde o grave acidente de esqui que sofreu em 2013. Desde então, sua família tem se esforçado para proteger sua privacidade e evitar a exposição midiática.

Este caso não é o primeiro que envolve tentativas de extorsão à família Schumacher. Em 2014, um homem foi preso por roubar prontuários médicos do ex-piloto, e em 2017, outro indivíduo foi condenado por ameaçar os filhos de Schumacher, Gina-Marina e Mick, caso não recebesse um pagamento.

O tribunal de Wuppertal destacou a gravidade da extorsão e a necessidade de proteger a privacidade de indivíduos que, como Schumacher, já enfrentam desafios significativos em suas vidas pessoais. A decisão do tribunal reflete a determinação das autoridades alemãs em combater crimes dessa natureza.

Com a condenação, a justiça busca não apenas penalizar os responsáveis, mas também enviar uma mensagem clara sobre a proteção da privacidade e a integridade das pessoas, especialmente aquelas que estão em situações vulneráveis.

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