O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o senador Flávio Bolsonaro protagonizaram um intenso embate nas redes sociais nesta sexta-feira.
14 de Fevereiro de 2025 às 13h53

Paes e Flávio Bolsonaro trocam acusações acirradas em redes sociais

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o senador Flávio Bolsonaro protagonizaram um intenso embate nas redes sociais nesta sexta-feira.

Na manhã desta sexta-feira, 14, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) continuaram a discussão acalorada que teve início na quinta-feira, 13. O embate se intensificou após Flávio criticar a gestão municipal e questionar a qualidade do serviço de saúde na cidade.

Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, provocou Paes ao perguntar aos cariocas se prefeririam ter médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou assistir a shows de artistas internacionais. “Pergunta para o carioca se ele prefere médico na UPA e fim da fila de 80 mil cariocas esperando cirurgia de catarata ou show da Lady Gaga”, escreveu o senador em sua conta no Twitter.

Em resposta, Eduardo Paes não hesitou em revidar, chamando Flávio de “frouxo”. “Como é que é? Os cariocas acabaram de me eleger pela 4ª vez em primeiro turno contra o seu candidato. Pergunta já foi feita e respondida, filhinho de papai!”, afirmou o prefeito, reforçando seu apoio popular.

“Problema de saúde? Toma vergonha! Você se borrou todo, senador frouxo. Estava sem o papai para te proteger no debate, né? Aqui você não se cria não!”

— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 14, 2025

A troca de farpas começou quando Flávio criticou a atuação de Paes na segurança pública. O senador acusou o prefeito de estar “pendurado na virilha” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a gestão de Paes não conseguiu resolver problemas básicos da cidade.

“Nervosinho, você entende de maquiagem, não de segurança. Tudo no seu governo é perfumaria! Está no quarto mandato e não conseguiu resolver os problemas básicos do Rio. Só lorota! A Guarda Municipal está largada, orientada para dar porrada em trabalhador e multar motorista, ao invés de qualificá-la e armá-la para atuar em complemento às polícias estaduais”, criticou Flávio.

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O senador também fez uma análise negativa da infraestrutura da cidade, mencionando o caos no trânsito e a dificuldade enfrentada pelos trabalhadores. “O Rio está um caos, trânsito pra tudo que é lado, trabalhador levando três horas de casa até o trabalho, tendo que pegar quatro conduções em ônibus com ar condicionado quebrado”, disse.

Flávio Bolsonaro ainda associou Paes a políticas do governo federal, afirmando que o prefeito romantiza o crime e critica ações de segurança. “Você está pendurado na virilha do Lula, que defende desencarceramento de bandidos e ladrões de celulares”, afirmou o senador.

Em sua defesa, Eduardo Paes não poupou críticas a Flávio, mencionando investigações sobre rachadinhas e questionando a compra de um imóvel de alto valor pelo senador. “Comecei o dia com o tal do Mineiro e vou ter que terminar com o rei da rachadinha, Flávio Bolsonaro, provavelmente falando desde sua mansão de milhões de reais comprada com chocolate da Kopenhagen”, disparou Paes.

O prefeito também responsabilizou os ex-governadores do estado, eleitos por Flávio, pela situação da segurança pública no Rio. “Não respeitam as polícias e, depois de quase oito anos, destruíram a autoridade delas. Acabaram com a Secretaria de Segurança e encheram de apadrinhados seus no comando de nossa PM e da Polícia Civil”, criticou Paes.

Por fim, Eduardo Paes desafiou Flávio Bolsonaro a disputar o governo do estado nas próximas eleições. “Aliás, acho que você devia largar essa ‘proteção’ do mandato de senador e vir disputar o governo do Estado. Para de terceirizar e vem enfrentar a disputa contra o candidato que vou apoiar. Tá com medo? Duvido você ter coragem”, concluiu o prefeito.

Esse embate público entre os dois políticos reflete a acirrada disputa que se desenha entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual presidente Lula no Rio de Janeiro, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.

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