Dados do IBGE revelam que Bahia e Pernambuco têm as maiores taxas de desemprego do país.
14 de Fevereiro de 2025 às 14h28

Bahia e Pernambuco lideram taxas de desemprego no Brasil com 10,8%

Dados do IBGE revelam que Bahia e Pernambuco têm as maiores taxas de desemprego do país.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última sexta-feira, 14, os estados da Bahia e Pernambuco registraram as maiores taxas de desemprego do Brasil em 2024, ambas alcançando 10,8%. O Distrito Federal apresentou uma taxa de 9,6%, enquanto Mato Grosso se destacou com a menor taxa, de apenas 2,6%.

A pesquisa, que faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), mostrou que a taxa média de desemprego no Brasil foi de 6,6% em 2024. Este número representa uma melhora significativa em comparação aos anos anteriores, com 14 estados, incluindo Minas Gerais e São Paulo, alcançando suas menores taxas anuais de desocupação na série histórica.

A taxa de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas com 14 anos ou mais, variou consideravelmente entre os estados. No Maranhão, a taxa foi de 47,3%, enquanto Mato Grosso registrou 68,4%. A média nacional para 2024 foi de 58,6%. O Piauí, por sua vez, teve a maior taxa de subutilização da força de trabalho, com 32,7%, superando a média nacional de 16,2%.

Além disso, a informalidade atingiu 39% dos trabalhadores no país, com as maiores taxas observadas no Pará, Piauí e Maranhão. Em contrapartida, Santa Catarina (26,4%) e o Distrito Federal (29,6%) apresentaram as menores taxas de informalidade.

O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.225, com o Distrito Federal liderando com a maior média de R$ 5.043, seguido por São Paulo e Paraná. Os estados com os menores rendimentos médios foram Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).

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Entre o terceiro e o quarto trimestres de 2024, apenas a Região Sul observou um aumento significativo no rendimento, passando de R$ 3.611 para R$ 3.704. As demais regiões permaneceram estáveis. Quando comparado ao mesmo período de 2023, houve crescimento no Nordeste, Sudeste e Sul.

Em 2024, 73,4% dos trabalhadores do setor privado possuíam carteira assinada. As menores taxas de formalização foram registradas nas regiões Norte e Nordeste, com o Piauí apresentando a menor proporção, de 50,9%.

A taxa de desemprego foi de 5,1% para homens e 7,6% para mulheres. No Nordeste, a diferença foi ainda mais acentuada, com 7,1% para homens e 10,7% para mulheres. Essa disparidade destaca a necessidade de políticas públicas voltadas para a inclusão no mercado de trabalho.

Entre os diferentes grupos raciais, a desocupação foi de 4,9% para brancos, enquanto pretos e pardos apresentaram taxas de 7,5% e 7,0%, respectivamente. A escolaridade também influenciou as taxas de desemprego, com pessoas com ensino médio incompleto apresentando uma taxa de 10,3%. Para aqueles com nível superior incompleto, a taxa foi de 6,6%, enquanto para os que possuem nível superior completo, a taxa caiu para 3,3%.

No final de 2024, cerca de 1,4 milhão de pessoas estavam desempregadas há dois anos ou mais, um número inferior ao de 2023, quando eram 1,8 milhão. Outros 3,3 milhões, representando 47,9% dos desocupados, buscavam emprego há um mês a menos de um ano, marcando uma redução de 13% em relação ao final de 2023.

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