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Aprovação de Lula desaba para 24%, o pior índice de sua trajetória política
Pesquisa Datafolha revela queda acentuada na popularidade do presidente, gerando incertezas sobre seu futuro político
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despencou para 24%, conforme a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira. Este índice representa o pior resultado de sua trajetória política, refletindo um descontentamento crescente entre os eleitores.
Nos últimos dois meses, a avaliação positiva do governo Lula caiu de 35% para 24%, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%. Este movimento alarmante é particularmente significativo entre a população de baixa renda, que constitui a base eleitoral mais relevante do Partido dos Trabalhadores.
O Datafolha entrevistou 2.007 eleitores em 113 cidades, e a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. A sondagem foi realizada em um momento crítico, capturando o impacto de crises sucessivas que abalaram a administração do presidente, sendo a crise do Pix uma das mais emblemáticas.
Os dados revelam um cenário de crescente insatisfação popular, levando a especulações sobre a capacidade de Lula de manter sua posição e até mesmo buscar um quarto mandato em 2026. A queda acentuada na aprovação levanta dúvidas sobre sua viabilidade política, especialmente em um ambiente onde a oposição se fortalece.
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Além das dificuldades econômicas, a imagem de Lula foi prejudicada por uma série de gafes e problemas de saúde, que contribuíram para a percepção negativa de sua liderança. A sensação de desgoverno e confusão, amplificada pela oposição nas redes sociais, tem gerado uma imagem de que o presidente não está no comando da situação.
Aliados do presidente expressam incredulidade diante da queda de popularidade, questionando como um governo que apresenta indicadores econômicos razoáveis, como crescimento e desemprego em níveis historicamente baixos, pode enfrentar tamanha insatisfação.
Apesar da crise, Lula tenta reagir. A recente troca na comunicação, com a chegada de Sidônio Palmeira ao Palácio do Planalto, é um movimento estratégico para tentar reverter a situação. O presidente também tem se mostrado mais ativo nas redes sociais, buscando engajar o debate público.
Contudo, a realidade é dura. A curva descendente de aprovação é impressionante e gera muitas perguntas sobre a capacidade de Lula de reverter esse cenário. A pressão para que ele mantenha apoio de setores influentes da centro-direita é crescente, e a falta de uma recuperação nos índices de popularidade pode tornar sua situação política insustentável.
O futuro de Lula e suas aspirações políticas dependem agora de uma recuperação significativa em sua imagem e na percepção pública de seu governo. A situação atual é um alerta claro de que a paciência do eleitorado está se esgotando rapidamente.
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