Petrobras anuncia descoberta de nova camada de petróleo no pré-sal de Búzios
A nova acumulação foi identificada a 5.600 metros de profundidade, com dados em análise.
A Petrobras confirmou, nesta sexta-feira (14), a descoberta de uma nova acumulação de petróleo na zona inferior do campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. A identificação do volume ocorreu por meio de testes realizados a uma profundidade de 5.600 metros.
Segundo a nota divulgada pela empresa, a análise foi feita utilizando perfis elétricos gerados por uma sonda introduzida em uma nova perfuração, com o objetivo de identificar características geológicas e hidrológicas da região. O material obtido ainda está em fase de análise pelos laboratórios da Petrobras.
O comunicado esclarece que o Consórcio da Jazida Compartilhada de Búzios, liderado pela Petrobras, que detém 88,98% de participação, conta com a colaboração da CNOOC (7,34%) e da CNPC (3,67%). A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) atua como gestora, e as análises dos resultados darão continuidade às atividades na área.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção média anual de petróleo e gás natural no Brasil em 2024 foi de 4,322 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Deste total, 3,358 milhões de barris por dia (bbl/d) foram de petróleo.
Notavelmente, cerca de 78% dessa produção provém de reservatórios da camada pré-sal, que se localiza entre mil e 6 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. O campo de Búzios é considerado o maior do mundo em águas ultraprofundas, situado a 189 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
Desde o início de suas operações em março de 2015, o campo de Búzios já ultrapassou a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos em março do ano passado. Em 2024, a produção do campo cresceu 2,40% em comparação ao ano anterior, representando 19,53% da produção marítima total do Brasil.
As descobertas recentes reforçam a importância do pré-sal para a matriz energética brasileira, evidenciando o potencial das reservas localizadas na Bacia de Santos. A continuidade das análises e o desenvolvimento das atividades na área são aguardados com expectativa pelo setor energético.
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