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FBI revela descoberta de 2.400 novos registros sobre assassinato de JFK
Novos documentos foram encontrados após ordem de Donald Trump para liberar arquivos relacionados ao caso.
O FBI anunciou a descoberta de aproximadamente 2.400 novos registros relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy, ocorrido em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas. A revelação foi feita em meio a esforços da agência para cumprir uma ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump, que determinou a liberação de documentos sobre o caso e outros assassinatos notórios, como os de Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr.
Em um comunicado oficial, o FBI informou que os novos registros foram identificados durante uma busca recente, realizada após a ordem executiva de 23 de janeiro de 2025. A agência destacou que os documentos recém-inventariados e digitalizados não eram reconhecidos anteriormente como parte do arquivo do caso de JFK.
A busca e a digitalização dos registros fazem parte de um esforço contínuo do FBI para organizar e preservar arquivos históricos. Desde 2020, a agência tem coletado arquivos de casos encerrados de suas unidades de campo em todo o país, armazenando-os em seu Complexo Central de Registros, localizado na Virgínia. Essa iniciativa visa facilitar o acesso e a pesquisa de documentos relacionados a casos significativos da história americana.
Os novos registros estão sendo transferidos para o National Archives and Records Administration (NARA), onde serão incluídos no processo de desclassificação em andamento. O FBI não divulgou detalhes sobre o conteúdo dos novos arquivos, mas a expectativa é que eles possam oferecer novas informações sobre o caso que continua a gerar interesse e especulação.
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Durante a administração de Trump, mais de 2.800 registros relacionados ao assassinato de JFK foram liberados, em conformidade com uma lei de 1992 que exigia a divulgação de documentos sobre o caso. No entanto, cerca de 300 arquivos permaneceram classificados, devido a preocupações com a segurança nacional, a aplicação da lei e as relações internacionais.
Em 2023, a administração Biden anunciou que o NARA havia concluído sua revisão dos documentos classificados, com 99% dos registros tendo sido tornados públicos. Apesar disso, muitos ainda questionam a transparência do governo em relação a arquivos que poderiam esclarecer os eventos que cercam o assassinato de Kennedy.
A morte de JFK gerou uma série de teorias da conspiração ao longo das décadas, com muitos americanos expressando ceticismo em relação à conclusão da Comissão Warren, que afirmou que Lee Harvey Oswald agiu sozinho. Pesquisas recentes indicam que 65% da população não acredita na versão oficial dos eventos.
O assassinato de Kennedy, que foi baleado enquanto viajava em uma limusine conversível em Dallas, continua a ser um dos momentos mais significativos da história dos Estados Unidos. Oswald, que foi preso logo após o atentado, foi assassinado por Jack Ruby dois dias depois, o que complicou ainda mais a investigação do caso.
O FBI espera que a liberação dos novos documentos traga à tona informações que possam contribuir para a compreensão do assassinato, embora muitos especialistas acreditem que os arquivos não devem alterar a narrativa já estabelecida sobre o caso.
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