Governador Cláudio Castro promete resposta dura após ataque a delegacia no Rio

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, utilizou suas redes sociais neste domingo para anunciar uma resposta enérgica ao ataque realizado por criminosos à 60ª Delegacia de Polícia (DP), localizada em Campos Elíseos, Duque de Caxias. Na noite de sábado, um grupo de aproximadamente 10 homens armados com fuzis invadiu a unidade policial com o objetivo de resgatar Rodolfo Manhães Viana, conhecido como Rato, de 34 anos, que é suspeito de liderar o tráfico de drogas na favela do Vai Quem Quer, também em Caxias.

O ataque ocorreu por volta das 22h50 e resultou em danos significativos à delegacia, com a fachada atingida por diversos tiros. A entrada, feita de vidro, foi completamente estilhaçada, e até as persianas do segundo andar foram danificadas. Moradores da área, assustados, registraram a ação dos bandidos, que chegaram em motos e carros, armados e prontos para o confronto.

Durante a ação, os criminosos tentaram resgatar Rato e seu segurança, Wesley de Souza Espírito Santo, de 30 anos. Ambos haviam sido presos anteriormente por policiais da 60ª DP e já haviam sido transferidos para outro local antes da chegada dos bandidos. Apesar da intensa troca de tiros que se seguiu, dois policiais foram feridos, mas não correm risco de vida. Três homens que estavam na delegacia por delitos menores conseguiram escapar durante o tumulto.

Castro, ao se referir ao ataque, declarou que não permitirá que a ousadia dos criminosos fique impune. Ele se dirigiu de forma contundente a grupos de direitos humanos, afirmando: “não encham o meu saco”, enfatizando que a resposta do governo será proporcional à gravidade da ação. “A ousadia dos criminosos ao atacar uma delegacia de polícia não vai ficar por isso mesmo. Já identificamos todos eles e vamos pegá-los de qualquer jeito”, acrescentou o governador.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

As investigações sobre o ataque estão em andamento e, segundo o delegado Antenor Lopes, chefe do Departamento-Geral de Polícia da Baixada, os criminosos chegaram a entrar na delegacia, mas ficaram frustrados ao perceber que Rato já havia sido transferido. A polícia já possui informações sobre os envolvidos e está em busca dos responsáveis.

Além disso, operações estão sendo realizadas nas comunidades de Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigues Alves, na Baixada Fluminense, com o objetivo de prender os criminosos. Até o início da tarde deste domingo, quatro pessoas foram detidas e uma morreu durante o confronto com a polícia. Joab da Conceição Silva, apontado como braço direito de Rato e com um extenso histórico criminal, é um dos principais alvos das investigações.

Joab possui 55 passagens pela polícia, incluindo crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma e homicídio, e contra ele existem mandados de prisão em aberto.

A segurança da 60ª DP foi reforçada após o ataque, e a polícia solicitou a transferência de Rato e Wesley para presídios federais, visando garantir que não haja novas tentativas de resgate. A situação na região permanece tensa, com a polícia intensificando as operações para desmantelar as atividades criminosas.