O bilionário Elon Musk expressou apoio à retirada dos EUA de alianças militares e diplomáticas, gerando polêmica.
03 de Março de 2025 às 06h15

Elon Musk defende saída dos EUA da Otan e da ONU em meio a tensões internacionais

O bilionário Elon Musk expressou apoio à retirada dos EUA de alianças militares e diplomáticas, gerando polêmica.

O empresário Elon Musk, conhecido por suas inovações na tecnologia e CEO da Tesla, manifestou apoio à saída dos Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Organização das Nações Unidas (ONU) em uma postagem feita no sábado (1º de março de 2025) em sua conta no X, antigo Twitter.

Em sua publicação, Musk endossou a sugestão do usuário @GuntherEagleman, que afirmou: “É hora de deixar a Otan e a ONU”. O magnata respondeu com um simples “Eu concordo”, o que gerou uma onda de reações nas redes sociais e entre analistas políticos.

As declarações de Musk ocorrem em um contexto de crescente tensão geopolítica, especialmente entre os membros da Otan, que se reúnem para discutir a segurança da Europa e o apoio à Ucrânia em meio ao conflito com a Rússia. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, convocou uma reunião com 14 líderes europeus e o primeiro-ministro canadense no mesmo dia, para abordar a situação atual e as necessidades de um acordo de paz.

Musk é um aliado próximo do presidente dos EUA, Donald Trump, que também já questionou a relevância da Otan e tem pressionado os países membros a aumentarem seus gastos com defesa. O empresário, que recentemente assumiu a liderança do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (Doge), está focado em cortes de gastos federais e já desmantelou diversas agências governamentais.

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O comentário de Musk se alinha com um movimento crescente entre alguns legisladores republicanos que criticam a Otan, considerando-a uma “reliquia da Guerra Fria”. O senador Mike Lee, por exemplo, já se manifestou contra a organização, argumentando que ela beneficia a Europa em detrimento dos interesses dos Estados Unidos.

Além disso, o discurso de Musk reflete uma postura mais isolacionista que tem ganhado força na política americana, desafiando as estruturas globais que moldaram a ordem mundial nas últimas décadas. A ONU, por sua vez, já foi alvo de críticas por parte de Trump, que questionou sua administração e exigiu uma revisão das atividades de suas agências.

A relação de Musk com a ONU também é complexa, uma vez que o bilionário já havia afirmado em 2021 que estaria disposto a vender ações da Tesla para ajudar a acabar com a fome no mundo, caso a organização provasse como o dinheiro seria utilizado. A ONU respondeu com um relatório detalhando o uso dos fundos, mas a quantia nunca foi repassada.

As declarações de Musk e a crescente insatisfação com as alianças internacionais indicam um momento crítico nas relações exteriores dos Estados Unidos, à medida que se aproxima a discussão sobre o futuro da defesa europeia e o papel do país nas dinâmicas globais.

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