
Reino Unido busca apoio de 20 países para coalizão de paz na Ucrânia
O governo britânico realiza conversas com nações interessadas em formar uma coalizão de apoio à Ucrânia em um futuro acordo de paz.
Londres – O governo do Reino Unido está em diálogo com aproximadamente 20 países, na sua maioria europeus e membros da Commonwealth, para discutir a formação de uma coalizão que visa apoiar a Ucrânia em um eventual acordo de paz com a Rússia. As conversas ocorreram na quarta-feira, 6 de março, e foram confirmadas por uma autoridade britânica.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou no último domingo que o Reino Unido, juntamente com a França e outras nações, pretende estabelecer uma aliança para planejar a assistência à Ucrânia, caso um cessar-fogo seja alcançado. O objetivo é garantir a estabilidade na região após o término do conflito.
Embora a lista de países interessados ainda não tenha sido divulgada, a fonte oficial destacou que “isso demonstra a disposição da coalizão em se reunir e a vontade de várias nações em contribuir”.
As negociações estão em um estágio inicial e a situação permanece “muito fluida”, segundo a mesma fonte. O governo britânico busca definir as contribuições que cada país poderá oferecer, o que inclui a possibilidade de envio de tropas.


Além disso, a Turquia expressou sua intenção de participar dos esforços para alcançar a paz, enquanto o primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, também mencionou que as tropas irlandesas poderiam fazer parte dessa iniciativa.
A coalizão, ainda sem muitos detalhes, foi proposta por Starmer durante uma cúpula realizada em Londres, que reuniu líderes europeus com o intuito de discutir uma “paz duradoura” para a Ucrânia.
O anúncio das conversas ocorre em um momento em que os líderes da União Europeia se reúnem em Bruxelas para uma cúpula extraordinária, cujo foco é fortalecer a defesa do continente europeu diante das tensões com a Rússia.
França e Reino Unido são favoráveis ao envio de tropas para a Ucrânia, enquanto outros países podem contribuir de forma mais logística. A Rússia, por sua vez, reiterou sua oposição à mobilização de forças europeias para garantir um cessar-fogo, considerando a discussão como uma ação hostil.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou: “Não vemos nenhum acordo possível. Essa discussão é realizada com um objetivo abertamente hostil”.
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