A administração Trump anunciou cortes de US$ 400 milhões em fundos federais à universidade, acusada de inação diante de assédio a estudantes judeus.
08 de Março de 2025 às 10h25

Trump cancela US$ 400 milhões em subsídios à Universidade de Columbia por antissemitismo

A administração Trump anunciou cortes de US$ 400 milhões em fundos federais à universidade, acusada de inação diante de assédio a estudantes judeus.

A administração do presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (7) o cancelamento imediato de aproximadamente US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) em fundos federais destinados à Universidade de Columbia, localizada em Nova York. A decisão foi motivada por acusações de que a instituição teria sido passiva em relação ao "assédio persistente aos estudantes judeus" durante os protestos contra a guerra em Gaza.

Quatro agências federais, incluindo o Departamento de Justiça e o Departamento de Educação, informaram que o corte representa a primeira de uma série de ações que podem seguir. A medida foi considerada necessária diante da alegada inação da universidade em proteger seus alunos judeus, que, segundo o governo, enfrentaram "violência implacável e intimidação" desde o início dos protestos.

O presidente Trump já havia sinalizado anteriormente que cortaria o financiamento de instituições que permitissem o que ele classificou como "protestos ilegais". Em uma postagem em sua rede social, ele afirmou: "Todo o financiamento federal será interrompido para qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais".

Os protestos nos campi universitários americanos, incluindo Columbia, intensificaram-se após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Esses eventos geraram um clima de tensão e acusações de antissemitismo, especialmente em relação às manifestações que ocorreram em diversas instituições de ensino.

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O comunicado da Administração de Serviços Gerais dos EUA destacou que os cortes são apenas o início de um processo que pode levar a mais cancelamentos de recursos federais. A secretária de Educação, Linda McMahon, enfatizou que as universidades devem cumprir as leis federais contra a discriminação para continuarem recebendo apoio financeiro do governo.

“Por muito tempo, a Columbia negligenciou sua obrigação de proteger os estudantes judeus. Hoje, mostramos a Columbia e a outras universidades que não toleraremos mais essa passividade”, afirmou McMahon durante a divulgação da medida.

A Universidade de Columbia, que faz parte da Ivy League, já havia enfrentado críticas intensas nos últimos meses. A reitora Nemat (Minouche) Shafik foi convocada a prestar esclarecimentos no Congresso e, sob pressão, acabou renunciando após a entrada das forças de segurança no campus para dispersar os protestos.

Ainda não houve resposta oficial da universidade sobre o cancelamento dos fundos. O Departamento de Justiça, por sua vez, anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar e combater o antissemitismo, com foco na proteção dos estudantes em ambientes acadêmicos.

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