
Frei Gilson, sacerdote católico, recebe apoio bolsonarista após críticas da esquerda
Fenômeno nas redes sociais, Frei Gilson se tornou alvo de ataques e defesas políticas
O sacerdote católico Frei Gilson, conhecido por suas transmissões religiosas durante a madrugada, tem atraído a atenção de políticos e internautas após se tornar alvo de críticas da esquerda. No último domingo, 9, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados mobilizaram-se nas redes sociais para defender o religioso, que se destacou por suas lives com grandes audiências.
Frei Gilson, que realiza transmissões diárias do Santo Rosário às 4h da manhã, viu sua popularidade crescer ainda mais durante a Quaresma. Em uma de suas últimas transmissões, cerca de 1,3 milhão de fiéis acompanharam a celebração simultaneamente, um número que reflete seu impacto nas redes sociais.
As críticas à sua figura surgiram após ele ser associado a posturas conservadoras, levando alguns usuários a acusá-lo de ser “bolsonarista”. As contestações também se dirigiram a suas opiniões sobre temas como o aborto e a submissão da mulher, que geraram polêmica entre setores progressistas.
Em resposta às críticas, Bolsonaro declarou que Frei Gilson é um “fenômeno em oração” e que sua popularidade o tornou alvo de ataques. “A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora. Minha solidariedade a ele e a todos que defendem os valores de Deus e da família”, escreveu o ex-presidente em suas redes sociais.
“Frei Gilson (@FreiGilsonCMES) cada vez mais se apresenta como um fenômeno em oração, juntando milhões pela palavra do Criador. Por isso, cada vez mais, vem sendo atacado pela esquerda.”
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 9, 2025
Além de Bolsonaro, outros parlamentares da bancada católica na Câmara dos Deputados também manifestaram apoio ao sacerdote. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) destacou que, apesar de ser evangélico e ter visões teológicas diferentes, considera inaceitáveis as críticas direcionadas a Frei Gilson e suas celebrações.


Figuras políticas menos radicais, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também se posicionaram em defesa do religioso. Tarcísio, em sua declaração, afirmou: “Se sois insultados por causa do nome de Cristo, bem-aventurados sois, porquanto sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.”
Ricardo Nunes expressou solidariedade a Frei Gilson, afirmando que “a fé cristã nunca se curvou à perseguição” e repudiou qualquer insulto à fé e aos princípios que sustentam a comunidade cristã.
Por outro lado, o deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a postura de alguns setores da esquerda, que, segundo ele, estariam dando “munição” à direita com suas críticas ao sacerdote. Ele ironizou a estratégia de atacar Frei Gilson, ressaltando que a maioria da população brasileira é católica ou evangélica.
Aos 38 anos, Frei Gilson é um influente líder religioso e musical, com mais de 6,5 milhões de inscritos no YouTube e 7,5 milhões de seguidores no Instagram. Ele se tornou conhecido durante a pandemia, quando começou a realizar lives noturnas, e é associado à comunidade Canção Nova, que é influenciada pela Renovação Carismática Católica.
Gilson já havia se manifestado em 2021, durante o governo Bolsonaro, em uma live em Brasília, onde clamou para que “os erros da Rússia” não afetassem o Brasil. Ele também conduziu missas em “clamor pelo Brasil”, reforçando sua posição conservadora.
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