Fenômeno nas redes sociais, Frei Gilson se tornou alvo de ataques e defesas políticas
10 de Março de 2025 às 19h13

Frei Gilson, sacerdote católico, recebe apoio bolsonarista após críticas da esquerda

Fenômeno nas redes sociais, Frei Gilson se tornou alvo de ataques e defesas políticas

O sacerdote católico Frei Gilson, conhecido por suas transmissões religiosas durante a madrugada, tem atraído a atenção de políticos e internautas após se tornar alvo de críticas da esquerda. No último domingo, 9, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados mobilizaram-se nas redes sociais para defender o religioso, que se destacou por suas lives com grandes audiências.

Frei Gilson, que realiza transmissões diárias do Santo Rosário às 4h da manhã, viu sua popularidade crescer ainda mais durante a Quaresma. Em uma de suas últimas transmissões, cerca de 1,3 milhão de fiéis acompanharam a celebração simultaneamente, um número que reflete seu impacto nas redes sociais.

As críticas à sua figura surgiram após ele ser associado a posturas conservadoras, levando alguns usuários a acusá-lo de ser “bolsonarista”. As contestações também se dirigiram a suas opiniões sobre temas como o aborto e a submissão da mulher, que geraram polêmica entre setores progressistas.

Em resposta às críticas, Bolsonaro declarou que Frei Gilson é um “fenômeno em oração” e que sua popularidade o tornou alvo de ataques. “A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora. Minha solidariedade a ele e a todos que defendem os valores de Deus e da família”, escreveu o ex-presidente em suas redes sociais.

“Frei Gilson (@FreiGilsonCMES) cada vez mais se apresenta como um fenômeno em oração, juntando milhões pela palavra do Criador. Por isso, cada vez mais, vem sendo atacado pela esquerda.”

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 9, 2025

Além de Bolsonaro, outros parlamentares da bancada católica na Câmara dos Deputados também manifestaram apoio ao sacerdote. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) destacou que, apesar de ser evangélico e ter visões teológicas diferentes, considera inaceitáveis as críticas direcionadas a Frei Gilson e suas celebrações.

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Figuras políticas menos radicais, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também se posicionaram em defesa do religioso. Tarcísio, em sua declaração, afirmou: “Se sois insultados por causa do nome de Cristo, bem-aventurados sois, porquanto sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.”

Ricardo Nunes expressou solidariedade a Frei Gilson, afirmando que “a fé cristã nunca se curvou à perseguição” e repudiou qualquer insulto à fé e aos princípios que sustentam a comunidade cristã.

Por outro lado, o deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a postura de alguns setores da esquerda, que, segundo ele, estariam dando “munição” à direita com suas críticas ao sacerdote. Ele ironizou a estratégia de atacar Frei Gilson, ressaltando que a maioria da população brasileira é católica ou evangélica.

Aos 38 anos, Frei Gilson é um influente líder religioso e musical, com mais de 6,5 milhões de inscritos no YouTube e 7,5 milhões de seguidores no Instagram. Ele se tornou conhecido durante a pandemia, quando começou a realizar lives noturnas, e é associado à comunidade Canção Nova, que é influenciada pela Renovação Carismática Católica.

Gilson já havia se manifestado em 2021, durante o governo Bolsonaro, em uma live em Brasília, onde clamou para que “os erros da Rússia” não afetassem o Brasil. Ele também conduziu missas em “clamor pelo Brasil”, reforçando sua posição conservadora.

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