Ação visa prender integrantes da facção que ajudaram na fuga de dois presidiários em fevereiro de 2024
11 de Março de 2025 às 10h35

Polícia Federal deflagra operação contra Comando Vermelho por fuga em Mossoró

Ação visa prender integrantes da facção que ajudaram na fuga de dois presidiários em fevereiro de 2024

A Polícia Federal (PF) deu início, na manhã desta terça-feira (11), a uma operação contra membros do Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais conhecidas do Brasil. A ação tem como objetivo prender aqueles que supostamente auxiliaram na fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorrida em fevereiro de 2024.

Mais de 200 agentes da PF estão envolvidos na operação, que cumpre 27 mandados de prisão – sendo 14 preventivos e 13 temporários – além de 31 mandados de busca e apreensão. As ações estão sendo realizadas em diversas cidades, incluindo Natal, Mossoró, Baraúna e Assu, no Rio Grande do Norte, além de Aquiraz, no Ceará, e no Rio de Janeiro.

Durante a operação, a Justiça também autorizou o bloqueio de 32 contas bancárias, resultando no congelamento de até R$ 22,5 milhões pertencentes aos investigados, conforme informações da PF.

As investigações tiveram início após a identificação de integrantes do Comando Vermelho que teriam prestado apoio logístico e financeiro aos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que escaparam da penitenciária federal e foram recapturados 50 dias depois, no Pará.

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A PF informou que as evidências coletadas durante as investigações indicam a prática de crimes como organização criminosa armada, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio. A operação é parte de um esforço contínuo para combater o crime organizado no Rio Grande do Norte e em outros estados.

A operação é coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mossoró (Ficco/Mos), que reúne agentes da PF, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias civil e militar dos estados envolvidos. O foco é desmantelar as redes de apoio da facção criminosa, que se originou no Rio de Janeiro e se espalhou por várias regiões do Brasil.

O caso da fuga de Mossoró foi o primeiro registrado no Sistema Penitenciário Federal desde sua implementação em 2006. A fuga ocorreu em um momento em que os detentos tinham acesso a ferramentas utilizadas para reformas na unidade prisional, o que facilitou a ação. As falhas na segurança da penitenciária foram amplamente discutidas, com autoridades apontando a necessidade de melhorias estruturais e operacionais.

As investigações revelaram que, além da fuga, houve indícios de que os fugitivos estavam envolvidos em outros crimes durante o período em que estiveram foragidos. A PF continua a trabalhar para identificar todos os envolvidos e desarticular as operações da facção no estado.

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