
Polícia do RJ realiza operação para prender suspeitos da morte de médica da Marinha
A ação visa capturar integrantes do Comando Vermelho envolvidos no homicídio de Gisele Mendes, que ocorreu em dezembro do ano passado.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quarta-feira (12), uma operação para prender suspeitos envolvidos na morte da médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello. A ação ocorre no Complexo do Lins, onde a militar foi baleada na cabeça em dezembro do ano passado enquanto participava de um evento no Hospital Naval Marcílio Dias.
Gisele, que era geriatra e superintendente do hospital, foi atingida em um momento em que a Polícia Militar realizava uma operação na comunidade. Ela foi socorrida por colegas e levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
A operação de hoje tem como alvo 23 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, visando capturar membros da facção criminosa Comando Vermelho, que estão envolvidos em uma série de crimes, incluindo roubos de veículos. Os lucros obtidos com esses delitos são utilizados para financiar outras atividades criminosas.
Até o momento, duas prisões foram confirmadas. A 26ª Delegacia de Polícia (Todos os Santos) é a responsável pelo inquérito que investiga a organização criminosa, enquanto a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apura as circunstâncias da morte da médica.


Em fevereiro deste ano, um dos suspeitos, Marcos Vinícius Vitória Nascimento, conhecido como Poka, foi morto durante um confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo do Lins. Ele era um dos alvos da investigação relacionada ao homicídio de Gisele.
Os criminosos que fazem parte do Comando Vermelho são conhecidos por ostentar um estilo de vida luxuoso, sustentado pelas atividades ilícitas que realizam. A polícia está intensificando as investigações para desmantelar essa rede criminosa e responsabilizar os envolvidos pela morte da médica.
Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, era capitã da Marinha e havia representado a instituição em missões internacionais. Sua morte gerou comoção e chamou a atenção para a violência enfrentada por profissionais de saúde em áreas de conflito.
As autoridades continuam a trabalhar em conjunto com o Ministério Público para garantir que os responsáveis sejam levados à justiça e que a segurança na região do Lins seja restaurada.
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