Ação visa desarticular lideranças do Terceiro Comando Puro em penitenciárias do Rio de Janeiro
12 de Março de 2025 às 16h47

Seap realiza operação em Bangu para combater crime organizado e uso de celulares

Ação visa desarticular lideranças do Terceiro Comando Puro em penitenciárias do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) iniciou, nesta quarta-feira (12), mais uma fase da operação Strangulatio, que tem como objetivo coibir as ações do crime organizado dentro do sistema prisional. A operação se concentra nas penitenciárias Esmeraldino Bandeira e Jonas Lopes de Carvalho, localizadas no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Os alvos principais da ação são líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), que, segundo informações da Seap, estão envolvidos no uso de celulares para se comunicar e articular crimes com comparsas que permanecem em liberdade. A operação conta com o apoio da Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen), que realiza o bloqueio do sinal de telefonia nas unidades prisionais.

Desde o início da operação, em 14 de fevereiro, a Seap já apreendeu 64 aparelhos celulares e 1,8 kg de material supostamente entorpecente. Além disso, 20 presos foram isolados durante as ações. Em uma nova fase da operação, realizada no dia 19 de fevereiro, foram confiscados 62 celulares, 1.302 trouxinhas e 6 invólucros de drogas.

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A secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel, destacou a importância da operação, afirmando: “Estamos atuando para asfixiar financeiramente o crime organizado, e a reação das facções nas ruas mostrou que o trabalho vem dando resultado. A Seap vem trabalhando para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos”.

Além das ações nas penitenciárias, a operação também se estende a investigações sobre corrupção dentro da Seap. Recentemente, a Justiça determinou o afastamento de um subsecretário da secretaria, suspeito de envolvimento em práticas corruptas. Um preso denunciou que estava sendo coagido a pagar uma quantia de até R$ 600 mil para obter um laudo médico que lhe concederia o benefício da prisão domiciliar.

As operações em Bangu são parte de um esforço contínuo para combater o crime organizado no estado. Entre 2023 e 2024, a Seap registrou a apreensão de 16 mil celulares nas portas de entrada e no interior das unidades prisionais. O número de visitantes flagrados tentando entrar com itens proibidos aumentou 200% entre 2021 e 2024, totalizando 72 casos, com aproximadamente 25 kg de drogas transportadas.

A Seap continua a implementar medidas rigorosas para garantir a segurança nas penitenciárias e desmantelar as operações das facções criminosas, buscando um sistema prisional mais seguro e eficaz.

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