Após conversas em Jeddah, Ucrânia aceita cessar-fogo de 30 dias enquanto EUA reativam apoio militar.
11 de Março de 2025 às 20h17

EUA retomarão ajuda militar e inteligência à Ucrânia após acordo de cessar-fogo

Após conversas em Jeddah, Ucrânia aceita cessar-fogo de 30 dias enquanto EUA reativam apoio militar.

Os Estados Unidos anunciaram que retomarão imediatamente o compartilhamento de inteligência e a ajuda militar à Ucrânia, após a aceitação por parte do governo ucraniano de um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia. O acordo foi selado durante uma reunião de alto nível em Jeddah, na Arábia Saudita, onde representantes dos dois países discutiram os termos de um novo entendimento para a paz.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, destacou que a Ucrânia está disposta a aceitar a proposta de um cessar-fogo, que pode ser prorrogado por acordo mútuo, dependendo da aceitação e implementação por parte da Rússia. “O que está em jogo agora é a reciprocidade russa para alcançar a paz”, afirmou Rubio em coletiva de imprensa.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou sua disposição em iniciar negociações para um acordo duradouro, afirmando que “hoje, fizemos uma oferta que os ucranianos aceitaram, que é entrar em um cessar-fogo e em negociações imediatas para acabar com este conflito de forma sustentável”.

A decisão de retomar a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência ocorre após uma pausa que se seguiu a uma tensa reunião entre Trump e Zelensky na Casa Branca, onde divergências sobre a condução da guerra e a assistência dos EUA foram expostas. Desde então, a administração Trump enfrentou críticas sobre a interrupção do apoio a Kyiv.

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Na reunião em Jeddah, que durou cerca de nove horas, os dois lados discutiram a necessidade de um diálogo que garanta a segurança a longo prazo da Ucrânia. As delegações concordaram em estabelecer equipes negociadoras para formalizar o cessar-fogo e discutir as condições de paz.

O acordo de cessar-fogo é visto como um passo crucial para desescalar o conflito, que já dura mais de três anos desde a invasão russa em 2022. A expectativa é que a implementação do acordo possa abrir caminho para um diálogo mais amplo entre as partes envolvidas.

O governo dos EUA enfatizou que o apoio à Ucrânia não apenas busca estabilizar a região, mas também reforçar a segurança global diante da agressão russa. O compromisso de assistência militar e inteligência é considerado vital para a defesa da soberania ucraniana.

Além disso, a nova abordagem dos EUA reflete uma mudança nas dinâmicas políticas, com a administração Trump buscando reafirmar seu papel como mediador nas negociações de paz. A situação continua a se desenvolver, e mais detalhes sobre o progresso das negociações devem ser divulgados nas próximas semanas.

Enquanto isso, a Rússia continua a realizar ataques em território ucraniano, o que levanta preocupações sobre a viabilidade do cessar-fogo. O Kremlin já declarou que está preparado para discutir os termos propostos, mas a implementação efetiva do acordo dependerá da disposição de ambas as partes em dialogar.

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