
Departamento de Educação dos EUA anuncia demissão de quase metade de sua equipe
Medida do governo Trump visa reduzir gastos e direcionar recursos para alunos e professores. Demissões começam em 21 de março.
O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (11) que cortará quase 50% de sua força de trabalho, uma decisão que reflete a estratégia do governo do presidente Donald Trump para reduzir os gastos federais. A medida entrará em vigor a partir do dia 21 de março, quando os funcionários afetados entrarão em licença administrativa.
A secretária de Educação, Linda McMahon, afirmou que essa ação demonstra o compromisso do departamento com a eficiência e a responsabilidade, garantindo que os recursos sejam direcionados para onde são mais necessários: alunos, pais e professores. “Estamos nos concentrando em garantir que cada dólar seja utilizado da melhor forma possível”, declarou McMahon.
O departamento, que contava com 4.133 funcionários quando Trump assumiu a presidência em janeiro, terá sua equipe reduzida para 2.183 trabalhadores após os cortes. A maioria das demissões será realizada por meio de licenças administrativas, enquanto cerca de 600 funcionários optarão por renúncias voluntárias e aposentadorias.
Além disso, a secretária McMahon indicou que a redução de pessoal é parte de um esforço mais amplo para reestruturar o departamento, que pode enfrentar uma reorganização significativa nas próximas semanas. “Estamos comprometidos em garantir que o departamento funcione de maneira mais eficiente e eficaz”, acrescentou.


Durante a campanha eleitoral, Trump já havia manifestado a intenção de acabar com o Departamento de Educação, transferindo suas responsabilidades para os estados. Essa proposta gerou controvérsia e preocupação entre educadores e defensores da educação pública.
Recentemente, a imprensa americana noticiou que Trump continua determinado a desmantelar o departamento. O The Wall Street Journal teve acesso a um rascunho de um decreto que orienta a secretária a “tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação”, conforme o “máximo grau apropriado e permitido por lei”.
Para que o fechamento do departamento aconteça, é necessária a aprovação de um projeto de lei no Congresso, que requer pelo menos 60 votos no Senado. Atualmente, os republicanos ocupam 53 cadeiras, o que torna a aprovação da medida incerta.
O Departamento de Educação, fundado em 1979, é responsável por supervisionar instituições de ensino superior, administrar bolsas para estudantes de baixa renda e garantir o cumprimento das leis que proíbem a discriminação nas escolas. Apesar de seu orçamento de 238 bilhões de dólares para 2024, que representa menos de 2% do total do orçamento federal, o departamento é uma das agências com menos funcionários no governo.
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