Medida do governo Trump visa reduzir gastos e direcionar recursos para alunos e professores. Demissões começam em 21 de março.
12 de Março de 2025 às 09h21

Departamento de Educação dos EUA anuncia demissão de quase metade de sua equipe

Medida do governo Trump visa reduzir gastos e direcionar recursos para alunos e professores. Demissões começam em 21 de março.

O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (11) que cortará quase 50% de sua força de trabalho, uma decisão que reflete a estratégia do governo do presidente Donald Trump para reduzir os gastos federais. A medida entrará em vigor a partir do dia 21 de março, quando os funcionários afetados entrarão em licença administrativa.

A secretária de Educação, Linda McMahon, afirmou que essa ação demonstra o compromisso do departamento com a eficiência e a responsabilidade, garantindo que os recursos sejam direcionados para onde são mais necessários: alunos, pais e professores. “Estamos nos concentrando em garantir que cada dólar seja utilizado da melhor forma possível”, declarou McMahon.

O departamento, que contava com 4.133 funcionários quando Trump assumiu a presidência em janeiro, terá sua equipe reduzida para 2.183 trabalhadores após os cortes. A maioria das demissões será realizada por meio de licenças administrativas, enquanto cerca de 600 funcionários optarão por renúncias voluntárias e aposentadorias.

Além disso, a secretária McMahon indicou que a redução de pessoal é parte de um esforço mais amplo para reestruturar o departamento, que pode enfrentar uma reorganização significativa nas próximas semanas. “Estamos comprometidos em garantir que o departamento funcione de maneira mais eficiente e eficaz”, acrescentou.

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Durante a campanha eleitoral, Trump já havia manifestado a intenção de acabar com o Departamento de Educação, transferindo suas responsabilidades para os estados. Essa proposta gerou controvérsia e preocupação entre educadores e defensores da educação pública.

Recentemente, a imprensa americana noticiou que Trump continua determinado a desmantelar o departamento. O The Wall Street Journal teve acesso a um rascunho de um decreto que orienta a secretária a “tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação”, conforme o “máximo grau apropriado e permitido por lei”.

Para que o fechamento do departamento aconteça, é necessária a aprovação de um projeto de lei no Congresso, que requer pelo menos 60 votos no Senado. Atualmente, os republicanos ocupam 53 cadeiras, o que torna a aprovação da medida incerta.

O Departamento de Educação, fundado em 1979, é responsável por supervisionar instituições de ensino superior, administrar bolsas para estudantes de baixa renda e garantir o cumprimento das leis que proíbem a discriminação nas escolas. Apesar de seu orçamento de 238 bilhões de dólares para 2024, que representa menos de 2% do total do orçamento federal, o departamento é uma das agências com menos funcionários no governo.

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