Mudança foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contrários, sem necessidade de sanção do prefeito.
14 de Março de 2025 às 09h11

Câmara Municipal de São Paulo aprova mudança do nome da GCM para Polícia Municipal

Mudança foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contrários, sem necessidade de sanção do prefeito.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira (13) um projeto que altera o nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para Polícia Municipal. A proposta recebeu 42 votos favoráveis e 10 contrários, consolidando um consenso entre os vereadores.

Por se tratar de uma modificação na Lei Orgânica do município, a nova nomenclatura não requer a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para ser implementada. A aprovação na Câmara é suficiente para que a mudança entre em vigor.

A proposta, que foi inicialmente apresentada em 2017 pela vereadora Edir Sales (PSD), contou com o apoio de outros 29 parlamentares como coautores. A GCM, que existe desde 1986, passa a ser reconhecida oficialmente como Polícia Municipal, uma mudança que, segundo a autora do projeto, não acarretará custos adicionais para os cofres públicos.

Durante a votação, os vereadores celebraram a aprovação cantando o hino da corporação. A mudança de nome foi justificada por Edir Sales como uma forma de alinhar a identidade da guarda com suas funções, já que os guardas municipais são frequentemente identificados como policiais em diversas situações, inclusive na declaração do Imposto de Renda.

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A nova nomenclatura não altera as atribuições da GCM, que continuam voltadas à proteção da população, bens e serviços municipais, conforme estabelecido na Lei Orgânica do município. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara já havia se manifestado favoravelmente à proposta em 2018, destacando que a mudança de nome não implicaria em novas funções ou responsabilidades.

Vereadores que apoiaram a mudança, como Murillo Lima (PP) e Fabio Riva (MDB), destacaram a importância de dar um “significado forte” à nova designação, aproximando a guarda de uma atuação policial. Essa mudança ocorre em um contexto mais amplo, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou recentemente que guardas municipais possam atuar em ações de segurança urbana, embora essa atuação não deva se sobrepor ao trabalho das polícias Civil e Militar.

O prefeito Ricardo Nunes havia anunciado a proposta de mudança em 21 de fevereiro, logo após a decisão do STF, que reconheceu a capacidade das guardas municipais de realizarem policiamento ostensivo e prisões em flagrante. A decisão do STF foi motivada por um recurso da Procuradoria da Câmara Municipal, que buscava reverter uma decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que limitava o poder de polícia da guarda.

Com a aprovação, o texto será publicado no Diário Oficial do município ainda nesta quinta-feira e seguirá para promulgação. A mudança já está sendo aguardada com expectativa por membros da corporação e pela população, que vê na nova designação um passo importante para a valorização do trabalho da guarda.

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