Medida emergencial visa reduzir preços de itens essenciais como carne, café e azeite no Brasil.
14 de Março de 2025 às 19h18

Governo isenta imposto de importação de 11 alimentos para combater inflação

Medida emergencial visa reduzir preços de itens essenciais como carne, café e azeite no Brasil.

O governo federal anunciou a isenção do imposto de importação (II) para 11 alimentos, uma decisão tomada pela Câmera de Comércio Exterior (Camex) com o intuito de combater a alta dos preços dos alimentos no Brasil. A medida, que entra em vigor imediatamente após a publicação da resolução, é considerada emergencial e permanecerá válida por tempo indeterminado.

A isenção foi aprovada por unanimidade durante uma reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O objetivo principal é aliviar a pressão inflacionária que afeta o custo de vida da população brasileira.

Os produtos que terão a alíquota zerada incluem carnes desossadas de bovinos, café torrado e não descafeinado, milho em grão, azeite de oliva extravirgem, entre outros. A lista completa de itens com imposto zero é a seguinte:

  1. Carnes desossadas de bovinos, congeladas (de 10,8% para 0%)
  2. Café torrado, não descafeinado (exceto em cápsulas) (de 9% para 0%)
  3. Café não torrado, em grão (de 9% para 0%)
  4. Milho em grão (exceto para semeadura) (de 7,2% para 0%)
  5. Outras massas alimentícias, não cozidas (de 14,4% para 0%)
  6. Bolachas e biscoitos (de 16,2% para 0%)
  7. Azeite de oliva extravirgem (de 9% para 0%)
  8. Óleo de girassol (de 9% para 0%)
  9. Outros açúcares de cana (de 14,4% para 0%)

Adicionalmente, a alíquota para a sardinha foi zerada dentro de uma cota de 7,5 mil toneladas. O governo também decidiu aumentar a cota do óleo de palma, que já possui tarifa zero, de 60 mil para 150 mil toneladas, válida por 12 meses.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, destacou que as medidas são essenciais para ajudar a reduzir os preços dos alimentos. Ele afirmou: “É mais um instrumento para ajudar a reduzir o preço de alimento. Não é o único.” Alckmin também mencionou que fatores como o clima e a variação do dólar têm um impacto significativo nos preços dos alimentos.

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Ele ainda explicou que, se a isenção fosse mantida por um ano, a perda seria de aproximadamente US$ 110 milhões (cerca de R$ 650 milhões). Contudo, a expectativa é que essa medida tenha um caráter transitório, o que diminuiria os custos.

Outra ação do governo para conter os preços foi solicitar aos estados a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens da cesta básica. No entanto, essa proposta não foi bem recebida por alguns governadores. É importante ressaltar que o governo federal não tributa os alimentos, portanto, não há incidência do Programa de Integração Social e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).

Alckmin comentou sobre a proposta: “Não é que seja para reduzir tudo, mas de repente você pode reduzir o ICMS do ovo, do tipo de carne… Cada um vai vendo o que pode fazer, mas essa medida ajuda.”

Com essas iniciativas, o governo busca não apenas enfrentar a inflação, mas também garantir que os consumidores tenham acesso a alimentos mais acessíveis e variados. As medidas visam aumentar a competitividade no mercado interno, beneficiando tanto os consumidores quanto os produtores.

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