O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que a tendência é pela antecipação, mas sem decisão definida.
27 de Março de 2025 às 14h52

Governo avalia antecipar 13º salário do INSS, mas decisão ainda não foi tomada

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que a tendência é pela antecipação, mas sem decisão definida.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou nesta quinta-feira (27) que o governo está considerando a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, ele ressaltou que a decisão ainda não foi formalizada e depende de discussões internas.

Segundo Ceron, os cenários em análise incluem a possibilidade de pagamentos serem realizados entre abril e maio ou entre maio e junho. Ele comentou: “Estamos calibrando, discutindo aqui internamente, deve sair nos próximos dias uma decisão sobre isso”.

O secretário destacou que a tendência é que a antecipação ocorra, mas enfatizou que a decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à equipe econômica. “É uma tendência de ocorrer, e a discussão é se ela ocorre em qual dessas duas janelas”, disse.

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A antecipação do 13º salário, que tradicionalmente é pago no segundo semestre, pode ter um impacto significativo na economia, injetando cerca de R$ 70 bilhões, segundo estimativas. Essa medida visa não apenas beneficiar os segurados do INSS, mas também ajudar a recuperar a popularidade do governo em um momento de desafios políticos.

O governo ainda não divulgou quantas pessoas poderão ser beneficiadas com a antecipação, mas a expectativa é que o decreto presidencial autorizando a medida seja assinado até o início de abril. Os pagamentos seguirão o cronograma habitual, com depósitos iniciando no dia 25 de cada mês para quem recebe até um salário mínimo.

A discussão sobre a antecipação do 13º salário ocorre em meio a um cenário de déficit nas contas públicas, que registraram um saldo negativo de R$ 31,7 bilhões em fevereiro. Ceron afirmou que a situação fiscal do governo está sendo monitorada e que as decisões orçamentárias serão tomadas com cautela.

Além disso, o secretário mencionou que a avaliação da execução orçamentária está em andamento e que a necessidade de bloqueios orçamentários ainda não foi definida. “Estamos fechando essas apurações e em maio teremos um relatório bimestral que esclarecerá se é necessário algum bloqueio e qual a dimensão dele”, concluiu.

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