O líder do Uniã Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, optou por permanecer em seu cargo e não assumir a pasta das Comunicações.
23 de Abril de 2025 às 11h07

Pedro Lucas Fernandes recusa convite para ministério das Comunicações e gera desconforto no governo

O líder do Uniã Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, optou por permanecer em seu cargo e não assumir a pasta das Comunicações.

O deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do Uniã Brasil na Câmara dos Deputados, decidiu recusar o convite do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações. A negativa do parlamentar gerou desconforto entre os integrantes do governo, que interpretam a decisão como um desrespeito à relação entre o partido e o Planalto.

Na última terça-feira, 22 de abril de 2025, Pedro Lucas se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Uniã Brasil-AP), e com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda. Apesar de ser esperado em uma reunião da bancada na Câmara, o deputado não compareceu e também não contatou a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo.

A ministra Gleisi Hoffmann havia anunciado, há 12 dias, que Pedro Lucas aceitou a indicação do seu partido para o ministério, após um convite feito por Lula. A troca no ministério ocorreu devido à saída de Juscelino Filho (Uniã Brasil-MA), que pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares.

Pedro Lucas, que é mais alinhado à ala governista do Uniã Brasil, inicialmente estava satisfeito com a proposta. No entanto, diante da pressão interna, divulgou uma nota um dia após o anúncio de Gleisi, afirmando que tomaria sua decisão após ouvir a bancada do partido.

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Juscelino Filho, indicado por Davi Alcolumbre para o ministério, tinha o apoio do presidente do Senado, e a expectativa era manter a cota dele no governo. A resistência de Pedro Lucas à nomeação se deu em parte por um possível risco político para Rueda, que havia indicado o deputado para ser líder do partido.

Se Pedro Lucas aceitasse o cargo, haveria a necessidade de um novo processo de escolha de líder na Câmara, o que poderia expor Rueda a uma derrota, além de não garantir ao governo que o novo líder seria mais alinhado ao Planalto.

A solução inicial, caso Pedro Lucas aceitasse a proposta, era indicar Juscelino Filho como novo líder do partido, o que desagradou parte da bancada na Câmara.

Com a instabilidade no Uniã Brasil, o PSD, partido liderado por Gilberto Kassab, pode ganhar força para indicar um novo ministro. Atualmente, o Uniã Brasil já comanda o Ministério do Turismo, sob a liderança de Celso Sabino (PA).

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