Pesquisa revela que Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro lideram intenções de voto entre os conservadores para 2026
05 de Junho de 2025 às 15h43

Tarcísio e Michelle se destacam como alternativas da direita após inelegibilidade de Bolsonaro

Pesquisa revela que Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro lideram intenções de voto entre os conservadores para 2026

Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cenário político para as eleições de 2026 se transforma. Uma nova pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), aponta que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) emergem como as principais alternativas da direita.

Tarcísio de Freitas aparece com 17% das intenções de voto, enquanto Michelle Bolsonaro segue de perto com 16%. Esse empate técnico é considerado dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No levantamento anterior, realizado em abril, Tarcísio tinha 15% e Michelle, 14%.

Além dos dois líderes, outros nomes também foram citados pelos entrevistados. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), obteve 11% das intenções, seguido pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB) com 7%, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 5%. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), registraram 4% cada, enquanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ficou com 3%.

Um dado relevante da pesquisa indica que 65% da população acredita que Bolsonaro deve abrir mão de uma possível candidatura e apoiar outro nome na corrida presidencial. Apenas 26% defendem que ele deve manter sua candidatura, mesmo diante da inelegibilidade. Outros 9% não souberam ou não responderam.

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A inelegibilidade de Bolsonaro foi decidida pelo TSE em junho de 2023, quando a Corte entendeu que ele cometeu abuso de poder político ao atacar as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores, sem apresentar provas. O ex-presidente está inelegível até 2030.

O levantamento da Quaest entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1 de junho, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. A pesquisa também revelou que 16% dos entrevistados não apoiam nenhum dos candidatos citados, e 15% não souberam ou não responderam.

Com a ascensão de Tarcísio e Michelle, o campo da direita se vê diante de uma nova configuração, onde a ausência de Bolsonaro abre espaço para novas lideranças. O cenário, ainda fragmentado, mostra que, apesar das preferências, muitos eleitores permanecem indecisos ou sem um candidato claro.

Em um contexto mais amplo, a pesquisa sugere que a polarização política no Brasil continua forte, com a maioria da população expressando preocupações sobre a possibilidade de uma nova candidatura de Bolsonaro, mesmo que inelegível. O futuro das eleições de 2026 poderá ser moldado por essas novas dinâmicas políticas.

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