Taxa média do cartão de crédito parcelado também subiu, atingindo 90,1% no período.
27 de Junho de 2025 às 15h12

Juros do cartão de crédito rotativo alcançam 449,9% ao ano em maio, aponta Banco Central

Taxa média do cartão de crédito parcelado também subiu, atingindo 90,1% no período.

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo aumentaram 5,7 pontos percentuais em maio, alcançando a marca de 449,9% ao ano. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) em seu relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, na última sexta-feira.

O crédito rotativo é utilizado por clientes que não conseguem quitar o valor total da fatura na data de vencimento. Quando isso ocorre, o banco deve oferecer opções para o pagamento da dívida em condições mais favoráveis dentro de um prazo de 30 dias.

Em dezembro de 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que as operações de juros rotativos, a partir de 3 de janeiro de 2023, não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida.

No que diz respeito ao cartão de crédito parcelado, a taxa média de juros também registrou um aumento de 2,4 pontos percentuais, subindo para 181%. Assim, a taxa de juros total do cartão de crédito passou de 86,7% em abril para 90,1% em maio.

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A segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, o cheque especial, apresentou uma queda de 2,7 pontos percentuais em maio, com uma taxa média de juros de 134,7%, em comparação aos 137,4% registrados no mês anterior.

O crédito consignado, que oferece desconto direto na folha de pagamento, também teve uma leve redução, com a taxa caindo 0,4 ponto percentual, para 26,5% ao ano.

Essas mudanças nas taxas de juros refletem as condições econômicas atuais e as diretrizes estabelecidas pelo Banco Central, que busca regular o sistema financeiro e proteger os consumidores de encargos excessivos.

O aumento nos juros do cartão de crédito rotativo é uma preocupação crescente, especialmente em um cenário onde muitos consumidores enfrentam dificuldades financeiras. A necessidade de uma gestão financeira cuidadosa se torna ainda mais evidente com o aumento das taxas.

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