Ministro do STF utilizou 'mais' em vez de 'mas' em despacho que advertiu ex-presidente
24 de Julho de 2025 às 15h12

Erro de português de Moraes em decisão sobre Bolsonaro gera repercussão nas redes sociais

Ministro do STF utilizou 'mais' em vez de 'mas' em despacho que advertiu ex-presidente

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cometeu um erro gramatical em sua decisão publicada nesta quinta-feira (24), na qual negou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deslize na linguagem rapidamente se tornou um assunto recorrente nas redes sociais e na imprensa.

No despacho, Moraes tentou transmitir uma advertência ao ex-presidente ao afirmar: “Como diversas vezes salientei na Presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA!!!!!” O uso incorreto da palavra “mais” em vez de “mas” gerou críticas e ironias entre os internautas, que rapidamente notaram a confusão.

O advérbio “mais” indica quantidade ou intensidade, enquanto “mas” é uma conjunção adversativa que expressa oposição. Portanto, o correto seria dizer: “A Justiça é cega, mas não é tola.” Além disso, a frase de Moraes carecia de uma vírgula após “cega”, o que também contraria as normas gramaticais.

A repercussão do erro foi imediata. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não perdeu a oportunidade de debochar da situação, postando em sua conta no X (antigo Twitter): “Estou proibido de postar falas de meu pai, ‘MAIS’ posso postar as decisões do Alexandre de Moraes.” A ironia do deputado ressoou entre seus apoiadores, que questionaram a competência do magistrado.

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Após a onda de críticas, Moraes emitiu uma versão corrigida de sua decisão, substituindo “mais” por “mas”. Contudo, o novo documento ainda continha o erro da crase antes de “favor”, contrariando a regra que não permite crase diante de palavras masculinas.

A falha gramatical de Moraes não passou despercebida e gerou uma série de comentários nas redes sociais, onde usuários destacaram a importância de uma revisão cuidadosa em documentos de tamanha relevância. A frase enfatizada pelo ministro, embora comum em decisões judiciais, acabou se tornando mais notável pelo erro do que pela mensagem que pretendia transmitir.

O episódio também levantou discussões sobre a responsabilidade dos magistrados em manter a precisão da linguagem em seus despachos, especialmente em casos que envolvem figuras públicas como Jair Bolsonaro. A expectativa é que erros como esse sejam evitados em futuras publicações, para preservar a credibilidade do sistema judiciário.

Além disso, a situação reacendeu debates sobre a importância da educação linguística e a necessidade de um maior cuidado na comunicação oficial, especialmente em textos que podem impactar decisões judiciais.

Por fim, a decisão de Moraes, que não decretou a prisão preventiva de Bolsonaro, manteve as proibições impostas ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a restrição de acesso às redes sociais. O ministro alertou que a prisão seria imediata em caso de descumprimento das medidas cautelares.

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