
IPCA-15 registra alta de 0,33% em julho, impulsionado pela habitação e energia elétrica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,33% em julho, com destaque para o grupo Habitação, que teve alta de 0,98%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como uma prévia da inflação oficial no Brasil, apresentou uma alta de 0,33% em julho, conforme divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado é um aumento em relação à alta de 0,26% registrada em junho.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve uma variação de 5,30%, ligeiramente superior aos 5,27% observados no período anterior. O índice de junho havia avançado 0,26%.
O grupo Habitação foi o principal responsável pelo aumento do índice, com uma alta de 0,98%, contribuindo com 0,15 ponto percentual para o total do IPCA-15. A energia elétrica, por sua vez, teve um impacto significativo, com variação de 3,01% e contribuindo com 0,12 ponto percentual para o índice.
Além de Habitação, outros grupos também apresentaram variações positivas em julho. Os Transportes subiram 0,67%, Despesas pessoais aumentaram 0,25%, Saúde e cuidados pessoais tiveram alta de 0,21% e Comunicação cresceu 0,11%.


Por outro lado, alguns grupos registraram variações negativas. Alimentação e bebidas tiveram uma leve queda de -0,06%, Artigos de residência caíram -0,02% e Vestuário apresentou uma redução de -0,10%. O grupo Educação permaneceu estável, com variação nula.
Os dados mostram que a energia elétrica continua a ser um fator crucial na composição do índice, refletindo a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que implica em uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Reajustes tarifários significativos foram observados em várias regiões, como 7,36% em Belo Horizonte e 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre.
A taxa de água e esgoto também teve um avanço de 0,25% em julho, após uma alta de 0,94% em junho, refletindo reajustes de 9,88% em Brasília e 3,83% em Curitiba.
O IPCA-15 é calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. Essa metodologia permite uma visão mais ampla e representativa da inflação no país.
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