
Ataque a tiros em Jerusalém resulta em seis mortes e dezenas de feridos
Um tiroteio em um ponto de ônibus em Jerusalém deixou seis mortos e 15 feridos nesta segunda-feira.
Um ataque a tiros em um movimentado ponto de ônibus na zona norte de Jerusalém deixou seis mortos e pelo menos 15 feridos, sendo seis em estado grave, na manhã desta segunda-feira, 8. O incidente ocorreu em um cruzamento estratégico que liga a cidade a assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental.
De acordo com informações da polícia israelense, dois homens armados abriram fogo contra os passageiros do ônibus, causando um cenário caótico. As autoridades relataram que os agressores foram “neutralizados” rapidamente após o início do tiroteio.
Os serviços de emergência, representados pelo Magen David Adom, informaram que entre os mortos estão um homem de aproximadamente 50 anos e três homens na faixa dos 30 anos. Uma mulher também foi confirmada como vítima fatal após ser levada ao hospital Shaare Tzedek.
O ataque ocorreu na entrada do bairro de Ramot, uma área predominantemente palestina que foi ocupada e anexada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. A polícia confirmou que os atiradores chegaram em um veículo e dispararam em direção ao ponto de ônibus, onde várias pessoas aguardavam transporte.
Um agente de segurança e um civil que estavam no local reagiram rapidamente e conseguiram eliminar os atacantes. O cenário foi descrito como “muito difícil” por um enfermeiro que atendeu as vítimas, que estavam espalhadas pelo chão e na calçada, algumas inconscientes.


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência com os principais comandantes de segurança para avaliar a situação e discutir as medidas a serem adotadas após o ataque.
O movimento islamista Hamas, que atualmente está em conflito com Israel na Faixa de Gaza, elogiou a ação dos atacantes, afirmando que este ato é uma resposta aos “crimes da ocupação” e ao que consideram genocídio contra o povo palestino.
O ataque se insere em um contexto de crescente violência na região, exacerbada pelo conflito em Gaza, que já dura quase dois anos. Organizações palestinas têm intensificado suas ações, enquanto Israel enfrenta um aumento da violência entre colonos e palestinos na Cisjordânia.
Após o tiroteio, a presença policial na área foi reforçada, com soldados israelenses sendo enviados para ajudar nas operações de busca por possíveis suspeitos e na manutenção da segurança na região.
As autoridades continuam a investigar as circunstâncias do ataque e a identidade dos agressores, que ainda não foram divulgadas. A situação permanece tensa, com a população local em estado de alerta.
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