
Joias roubadas no Louvre têm valor estimado em 88 milhões de euros, diz promotora
A promotora Laure Beccuau informou que o valor das joias equivale a cerca de R$ 550 milhões.
O Museu do Louvre, em Paris, sofreu um roubo significativo no último domingo, 19, com a perda de joias avaliadas em 88 milhões de euros, o que corresponde a aproximadamente R$ 550,2 milhões. A informação foi divulgada pela promotora Laure Beccuau nesta terça-feira, 21.
A promotora destacou que “o curador do Louvre estimou os danos em 88 milhões de euros”, uma quantia que ela descreveu como “extremamente impressionante”, mas que não reflete a totalidade dos danos históricos causados pelo crime. Em entrevista à rádio RTL, Beccuau enfatizou que “não é de forma alguma paralela ou comparável aos danos históricos” que o museu sofreu.
O roubo ocorreu na Galeria de Apolo, que abriga a Coleção Real de Gemas e Diamantes da Coroa. Os ladrões conseguiram acessar a galeria utilizando um elevador de carga e uma serra circular para quebrar as vitrines que protegiam as joias. O crime foi realizado em poucos minutos, e durante a fuga, os criminosos abandonaram uma das peças.
A direção do Louvre defendeu a qualidade das vitrines de alta segurança que estavam em uso, em resposta a críticas de que eram “aparentemente mais frágeis que as antigas”. Em uma declaração, o museu afirmou que as vitrines instaladas em dezembro de 2019 representavam um avanço considerável em termos de segurança, uma vez que as antigas apresentavam um grau de obsolescência evidente.
Beccuau também alertou que os criminosos não conseguiriam lucrar com as joias se decidissem desmantelá-las. “Os infratores que levaram essas joias não ganharão 88 milhões de euros se tiverem a muito má ideia de desmontar essas peças”, disse ela, acrescentando que espera que os ladrões reconsiderem suas ações e não destruam as joias.


O museu, que é um dos mais visitados do mundo, mobilizou cerca de 100 investigadores para encontrar os suspeitos e recuperar as gemas roubadas. A magnitude do roubo e a rapidez com que foi executado geraram preocupações sobre a segurança das exposições e a proteção das obras de arte.
O incidente também provocou uma série de discussões sobre a eficácia das medidas de segurança implementadas no Louvre. A direção do museu reiterou que as novas vitrines foram projetadas para atender a todos os requisitos de segurança necessários, e que a substituição das antigas era uma medida obrigatória para garantir a proteção das obras.
As joias roubadas incluem peças históricas que pertenciam a figuras da realeza francesa, como a tiara do conjunto das rainhas Marie-Amélie e Hortense, que é composta por 24 safiras e 1.083 diamantes. Outro item notável é o grande laço do corpete da imperatriz Eugénie, que possui 2.438 diamantes e foi utilizado em eventos importantes da história.
O roubo no Louvre não apenas impacta o valor financeiro das joias, mas também levanta preocupações sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural da França. O museu, que atrai milhões de visitantes anualmente, agora enfrenta o desafio de restaurar a confiança do público em sua segurança.
As autoridades continuam investigando o caso e buscam identificar os responsáveis pelo crime, enquanto o Louvre reavalia suas medidas de segurança para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.
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