
Exército israelense confirma que corpo devolvido pelo Hamas não é de refém
Após exames forenses, Israel diz que um dos corpos entregues pelo Hamas não corresponde a nenhum dos reféns em cativeiro.
O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (15) que um dos quatro corpos devolvidos pelo grupo Hamas na noite anterior não pertence a nenhum dos reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada após exames realizados pelo Instituto Médico Legal.
De acordo com o comunicado das Forças Armadas israelenses, “o quarto corpo entregue pelo Hamas não corresponde a nenhum dos reféns”. O Exército enfatizou que o grupo terrorista deve “fazer todos os esforços necessários para devolver os reféns falecidos”.
“A entrega de corpos deve ser feita de acordo com os acordos estabelecidos”, afirmou o Exército em sua declaração.
O Hamas, que havia libertado na segunda-feira (13) os últimos 20 reféns vivos do sequestro ocorrido em 7 de outubro de 2023, também se comprometeu a entregar os corpos dos 28 reféns falecidos. Nos últimos dias, o grupo já havia devolvido oito dos corpos, mas a entrega do corpo em questão gerou novas tensões nas negociações.
As famílias dos reféns identificaram três dos quatro corpos entregues como sendo de Uriel Baruj, Eitan Levy e Tamir Nimrodi, todos mortos durante os conflitos. O quarto corpo, no entanto, não foi identificado como pertencente a nenhum dos reféns e a situação levanta preocupações sobre a continuidade das negociações de paz.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou a necessidade de que o Hamas cumpra com o acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que inclui a devolução de todos os corpos. “Não faremos concessões nesse aspecto”, afirmou Netanyahu.


Além disso, a entrega dos corpos está ligada à ajuda humanitária que Israel permite entrar na Faixa de Gaza. O governo israelense anunciou que, devido à demora na devolução dos corpos, a entrada de ajuda humanitária será limitada, com apenas 300 caminhões autorizados a entrar no território, metade do que havia sido acordado anteriormente.
A ONU e a Cruz Vermelha Internacional pediram a abertura das passagens fronteiriças para o envio de mais assistência humanitária, destacando a urgência da situação. “É fundamental que todas as passagens estejam abertas para a ajuda humanitária”, disse Christian Cardon, porta-voz do CICV.
O Exército israelense também relatou um incidente em que disparou contra “vários suspeitos” que violaram as linhas de suas tropas na Faixa de Gaza, resultando na morte de cinco pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas. O incidente foi classificado como uma violação do acordo de cessar-fogo, e Israel pediu que os palestinos respeitem as instruções estabelecidas.
Com a situação em constante evolução, as negociações entre Israel e Hamas permanecem tensas, e a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos.
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