Após dois anos em cativeiro, os últimos reféns israelenses são libertados pelo Hamas.
13 de Outubro de 2025 às 13h56

Libertação dos 20 reféns israelenses marca fim de cativeiro em Gaza

Após dois anos em cativeiro, os últimos reféns israelenses são libertados pelo Hamas.

Na segunda-feira, 13 de outubro de 2025, os últimos 20 reféns israelenses ainda vivos que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza foram libertados. A ação, que marca um importante desdobramento no conflito, ocorreu após 738 dias de sequestro, iniciado durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Os reféns foram sequestrados em um ataque que resultou em uma escalada significativa de violência na região. A libertação foi parte de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que pretendeu aliviar a tensão entre as partes envolvidas no conflito.

Entre os libertados, destaca-se Matan Angrest, de 22 anos, suboficial que foi capturado em seu tanque ao tentar impedir a infiltração de milicianos. Ele é um dos poucos sobreviventes de um ataque que resultou na morte de seus colegas de unidade.

Os gêmeos Gali e Ziv Berman, agora com 28 anos, também foram libertados. Eles foram sequestrados no kibutz Kfar Aza, que foi incendiado durante o ataque. Os irmãos, que possuem nacionalidade alemã, trabalhavam juntos na produção musical e foram separados durante o cativeiro.

Elkana Bohbot, de 36 anos, um dos produtores do festival Nova, foi sequestrado junto com amigos durante o evento. A sua esposa, Rebecca Gonzáles, recebeu a nacionalidade colombiana para facilitar a comunicação e apoio durante o cativeiro. Ela relatou ter recebido provas de vida de seu marido, que foram divulgadas em vídeos pelo Hamas.

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Rom Braslavski, de 21 anos, que trabalhava na segurança do festival, e Nimrod Cohen, de 21 anos, que foi mobilizado no dia do ataque, também estão entre os libertados. Ambos enfrentaram condições extremas durante o cativeiro, com relatos de tortura e abusos.

Os irmãos David e Ariel Cunio, de 35 e 28 anos, foram sequestrados junto com sua família em sua residência no kibutz Nir Oz. A família Cunio, que possui cidadania argentina, teve a maior parte de seus membros libertados em trégua anteriores, mas a espera pela libertação dos irmãos foi angustiante.

Outro caso notável é o de Evyatar David, de 24 anos, que foi sequestrado enquanto estava com seu amigo Guy Gilboa Dalal, também libertado. Ambos foram vistos em vídeos divulgados pelo Hamas, onde pareciam debilitados.

Maxim Herkin, de 37 anos, e Eitan Horn, de 39 anos, também estão entre os libertados. Herkin, que possui cidadania russa, foi sequestrado enquanto tentava retornar ao seu lar após um festival. Horn, que foi sequestrado na casa de seu irmão, teve um cativeiro compartilhado com ele até que seu irmão foi libertado em uma operação militar anterior.

O processo de libertação ocorreu em duas etapas, com os primeiros sete reféns sendo entregues logo pela manhã, seguidos pelos outros 13 em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que não há mais reféns israelenses vivos sob controle do Hamas.

A libertação dos reféns foi recebida com alívio e celebração entre as famílias e a população israelense, que aguardava ansiosamente por notícias de seus entes queridos. O governo israelense, por sua vez, se comprometeu a continuar a busca por soluções pacíficas e humanitárias no conflito com o Hamas.

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