Presidente da Câmara se reuniu com relator e presidente da comissão para definir cronograma de votação
31 de Outubro de 2025 às 08h51

PEC da segurança pública deve ser votada no início de dezembro, afirma Hugo Motta

Presidente da Câmara se reuniu com relator e presidente da comissão para definir cronograma de votação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (30) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública será votada no início de dezembro pela comissão especial responsável pela análise do texto.

Durante uma coletiva de imprensa, Motta revelou que a previsão é que o relator da proposta, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), apresente seu parecer no dia 4 de dezembro. A expectativa é que a votação na comissão ocorra na semana seguinte, no dia 11.

O presidente da Câmara se reuniu com Mendonça, o presidente da comissão especial, Aluisio Mendes (Republicanos-MA), e o deputado Alberto Fraga (PL-DF), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança, conhecida como bancada da bala. Motta destacou a importância de um cronograma claro para a votação, afirmando que “cobramos um cronograma e eles me passaram que a previsão é que o relatório seja votado na comissão no início de dezembro”.

A urgência na votação da PEC foi intensificada após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou na morte de mais de 100 pessoas, reacendendo o debate sobre a segurança pública no país. O governo federal tem pressionado a Câmara para que a proposta seja analisada rapidamente.

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Motta enfatizou que, assim que o texto for aprovado na comissão, ele será pautado com a máxima urgência no plenário da Câmara. “A ideia é que, saindo da comissão, pautarmos com o máximo de urgência no plenário”, disse o deputado.

A PEC da segurança pública já havia sido aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em julho e é considerada uma prioridade pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Embora a proposta tenha o apoio de muitos parlamentares, enfrenta resistência de alguns governadores, como Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, que se opõem a mudanças que possam transferir responsabilidades da segurança pública para o governo federal.

O relator, Mendonça Filho, tem adotado uma postura conciliadora e retirou do texto original um trecho que atribuía à União a competência exclusiva para legislar sobre normas gerais de segurança pública, defesa social e sistema penitenciário, buscando assim um consenso que permita a aprovação da proposta.

A expectativa é que a votação da PEC na comissão especial ocorra em um ambiente de debates intensos, com audiências públicas programadas para discutir o tema de forma mais abrangente antes da apresentação do relatório final.

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