Ataque russo a instalações de energia na Ucrânia deixa pelo menos três mortos
Na madrugada desta quinta-feira (30), a Rússia intensificou os bombardeios na Ucrânia, resultando em cortes de eletricidade e mortes.
A Rússia lançou, na madrugada desta quinta-feira (30), um novo ataque em massa contra instalações de energia na Ucrânia, que resultou na morte de pelo menos três pessoas e provocou grandes cortes de eletricidade em diversas regiões do país. Essa ofensiva faz parte de uma campanha mais ampla do exército russo, que se intensificou nas últimas semanas com a aproximação do inverno.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, Moscou disparou 653 drones e 52 mísseis balísticos e de cruzeiro, dos quais 592 drones e 21 mísseis foram interceptados. Os bombardeios atingiram especialmente a cidade de Zaporizhzhia, que abriga a maior usina nuclear da Europa, onde edifícios residenciais foram severamente danificados.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, informou em sua conta no X que “dezenas de pessoas ficaram feridas neste ataque, entre elas cinco crianças. Infelizmente, duas pessoas perderam a vida”. Além disso, na região de Vinnytsia, localizada no centro-oeste do país, as autoridades confirmaram a morte de uma menina de sete anos em decorrência dos ataques, que também deixaram quatro adultos feridos.
O operador público de energia, Ukrenergo, anunciou cortes de eletricidade em várias regiões afetadas, enquanto o maior grupo energético privado do país, DTEK, relatou que suas centrais térmicas “sofreram graves danos” devido aos bombardeios.
Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que o ataque foi “maciço” e visou “empresas militares e industriais”, além de “infraestruturas energéticas que garantem seu funcionamento” e “aeródromos militares”.
O ministério também afirmou ter capturado dois novos povoados: Sadove, na região de Kharkiv, e Krasnogirske, na região de Zaporizhzhia, durante as operações militares em andamento.
Os ataques aéreos da Rússia têm gerado uma crescente preocupação entre a população ucraniana, que enfrenta não apenas a ameaça militar, mas também a escassez de energia com a chegada do inverno. As autoridades locais estão se mobilizando para fornecer abrigo e assistência às vítimas dos bombardeios.
Enquanto isso, a comunidade internacional continua a monitorar a situação, com apelos por um cessar-fogo e negociações que possam levar a uma resolução pacífica do conflito. O cenário atual, marcado por ataques a civis e infraestrutura crítica, levanta preocupações sobre a escalada da violência na região.
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