A passagem do furacão Melissa, de categoria 5, pela Jamaica resultou em destruição generalizada e mortes. A ajuda humanitária é coordenada para mitigar os impactos.
30 de Outubro de 2025 às 11h14

Furacão Melissa causa devastação na Jamaica e deixa mais de 30 mortos

A passagem do furacão Melissa, de categoria 5, pela Jamaica resultou em destruição generalizada e mortes. A ajuda humanitária é coordenada para mitigar os impactos.

A passagem do furacão Melissa, classificado como categoria 5, provocou uma devastação sem precedentes na Jamaica, deixando um rastro de destruição e um saldo de mais de 30 mortos. O fenômeno, que atingiu a ilha na terça-feira, 28, trouxe ventos de até 295 km/h e chuvas torrenciais, resultando em inundações e danos significativos em diversas regiões do Caribe.

Imagens de satélite divulgadas pela empresa Vantor mostram a magnitude da destruição em áreas como Black River, White House e Montego Bay. Essas imagens são essenciais para que organizações humanitárias e geoespaciais possam mapear as mudanças no terreno e identificar as áreas mais afetadas, permitindo uma alocação mais eficaz de recursos.

Após tocar o solo jamaicano, o furacão perdeu força e seguiu em direção a Cuba, mas os efeitos devastadores foram sentidos em outros países da região, como Haiti e República Dominicana. Na Jamaica, a situação é crítica, com milhares de pessoas deslocadas e abrigadas em centros de emergência.

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que a destruição na Jamaica atingiu “níveis sem precedentes”. O coordenador da ONU para o Caribe, Dennis Zulu, destacou a gravidade da situação e a necessidade urgente de assistência humanitária.

No Haiti, as inundações causadas pelo furacão resultaram na morte de pelo menos 25 pessoas na cidade de Petit-Goâve, com outras 18 ainda desaparecidas. O prefeito local, Jean Bertrand Subrême, informou que várias casas desabaram devido ao transbordamento do rio La Digue.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Na Jamaica, a ministra da Educação, Dana Morris Dixon, relatou que 77% da ilha estava sem energia elétrica na quarta-feira, 29. Além disso, as autoridades encontraram pelo menos quatro corpos no sudoeste do país, onde a destruição foi mais intensa.

As imagens de antes e depois da passagem do furacão revelam a devastação em áreas que tradicionalmente são importantes para a agricultura e o turismo. O governo jamaicano já começou a mobilizar equipes de resgate e a distribuir suprimentos básicos, como água e alimentos, para as comunidades afetadas.

O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, sobrevoou as áreas mais atingidas e afirmou que a reconstrução será um desafio, mas que o país se unirá para superar essa crise. “Nosso país foi devastado, mas vamos reconstruir e faremos isso ainda melhor do que antes”, declarou Holness em uma coletiva de imprensa.

As autoridades dos Estados Unidos também anunciaram o envio de equipes de resgate para auxiliar nos esforços de recuperação no Caribe. O Centro Nacional de Furacões dos EUA informou que o furacão Melissa, após perder força, ainda apresentava ventos de 155 km/h e se deslocava em direção às Bahamas.

Com a situação crítica na Jamaica e em outros países da região, a comunidade internacional se mobiliza para oferecer apoio e assistência às vítimas do furacão. A recuperação será um processo longo e exigirá a colaboração de diversas entidades para restaurar a normalidade nas áreas afetadas.

O furacão Melissa é considerado um dos mais poderosos já registrados na história do Atlântico, e sua passagem deixou marcas profundas nas comunidades atingidas. As autoridades locais continuam a avaliar os danos e a coordenar esforços de ajuda humanitária.

Veja também:

Tópicos: