Furacão Melissa deve impactar 1,5 milhão de pessoas na Jamaica com força máxima
A tempestade, considerada a mais forte da história da Jamaica, já causou mortes e gera alerta de inundações e deslizamentos.
A Jamaica se prepara para a chegada do furacão Melissa, que deve atingir a ilha como uma tempestade de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, pelo menos 1,5 milhão de pessoas podem ser afetadas por este fenômeno, que é considerado o mais potente já registrado na história do país caribenho.
O furacão, que já causou três mortes na Jamaica e mais quatro em sua passagem pelo Haiti e República Dominicana, apresenta ventos máximos sustentados de 280 km/h. A tempestade se aproxima da costa jamaicana, e as autoridades locais emitiram ordens de evacuação obrigatória para várias cidades, especialmente no sul da ilha, que já começam a sentir os efeitos da tempestade.
O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, alertou que a infraestrutura do país não está preparada para suportar um furacão dessa magnitude e pediu apoio internacional. Ele também anunciou a mobilização de recursos emergenciais, incluindo um orçamento de 33 milhões de dólares para enfrentar os impactos da tempestade.
As previsões meteorológicas indicam que a Jamaica pode receber até um metro de chuva, além de ondas que podem ultrapassar quatro metros de altura. As autoridades locais estão em alerta máximo, com a expectativa de inundações catastróficas e deslizamentos de terra em várias regiões.
Na manhã desta terça-feira, 28 de outubro, o furacão estava a 180 quilômetros da capital Kingston e a 465 quilômetros de Guantânamo, em Cuba. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos advertiu que o Melissa trará inundações severas e ventos destrutivos, com potencial para causar danos massivos.
As autoridades de saúde da Jamaica também estão se preparando para os efeitos da tempestade. O ministro da Saúde, Christopher Tufton, informou que alguns pacientes foram transferidos para andares superiores de hospitais como medida de precaução. Ele ressaltou a importância de reservar água limpa, uma vez que a tempestade pode interromper o abastecimento.
Apesar das orientações para evacuação, muitos moradores relutam em deixar suas casas. A pescadora Jennifer Ramdial declarou: “Simplesmente não quero ir. Mesmo que fosse de categoria 6, eu não me mexeria.” Outro morador de Kingston, Roy Brown, expressou a mesma resistência, afirmando que não acredita que consiga escapar da morte.
Após a passagem pela Jamaica, o furacão deve seguir em direção a Cuba, onde as autoridades já iniciaram a evacuação de mais de 600 mil pessoas de áreas de risco. O fenômeno também poderá impactar as Bahamas e as Ilhas Turks e Caicos nos próximos dias.
O furacão Melissa é a 13ª tempestade a ganhar nome nesta temporada de furacões no Atlântico, que vai de 1º de junho a 30 de novembro. Meteorologistas preveem uma temporada acima da média, com a possibilidade de 13 a 18 tempestades significativas.
Veja também: