A ajuda visa apoiar os cubanos afetados pela devastação do furacão, que deixou 60 mortos no Caribe.
03 de Novembro de 2025 às 11h09

EUA anuncia ajuda humanitária de US$ 3 milhões a Cuba após furacão Melissa

A ajuda visa apoiar os cubanos afetados pela devastação do furacão, que deixou 60 mortos no Caribe.

Os Estados Unidos anunciaram, neste domingo (2), uma ajuda humanitária de três milhões de dólares (aproximadamente R$ 16 milhões) para os cubanos que sofreram com os efeitos devastadores do furacão Melissa, que atingiu severamente várias províncias do leste da ilha.

O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do governo americano informou que “os Estados Unidos estão coordenando com a Igreja Católica a distribuição de três milhões de dólares em ajuda humanitária diretamente às pessoas do leste de Cuba mais afetadas pela devastação do furacão Melissa”.

O furacão, que no início desta semana devastou regiões inteiras da Jamaica, também causou inundações no Haiti e resultou na morte de cerca de 60 pessoas no Caribe. O governo cubano, que evacuou preventivamente mais de 700 mil cidadãos, ainda não reportou vítimas fatais, mas várias províncias do leste enfrentaram danos significativos, incluindo desabamentos de casas, interrupções no fornecimento de energia elétrica e destruição de colheitas.

Na última sexta-feira, o governo dos Estados Unidos, que mantém um embargo econômico contra Cuba há mais de seis décadas, declarou que “apoia o corajoso povo cubano”. O Departamento de Estado afirmou que está “pronto para fornecer ajuda humanitária imediata, tanto diretamente quanto através de parceiros locais”, sem a intermediação do governo cubano.

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Roberto Morales Ojeda, membro do Birô Político do Partido Comunista de Cuba, criticou a oferta americana, afirmando que “se fosse sincera a vontade desse governo [dos EUA] de apoiar o nosso povo, teriam levantado sem condições o bloqueio criminoso e eliminado da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, onde nunca deveríamos estar”. Ele classificou a ajuda como “indigna”.

Em 2021, o governo americano voltou a incluir Cuba em sua lista de “patrocinadores do terrorismo”, o que resultou em um endurecimento do embargo. O ex-presidente Joe Biden havia retirado a ilha da lista uma semana antes de deixar a Casa Branca, mas seu sucessor, Donald Trump, rapidamente restaurou a medida.

A Igreja Católica, que já atuou como mediadora entre os dois países, pode desempenhar um papel importante na distribuição da ajuda. No restante do Caribe, os Estados Unidos mobilizaram equipes de ajuda humanitária para a República Dominicana, Jamaica, Bahamas e Haiti.

Marco Rubio, secretário de Estado americano, afirmou na sexta-feira que Cuba está incluída na iniciativa de ajuda humanitária. Além disso, países como Venezuela e México já enviaram assistência a Cuba, assim como agências da ONU.

O furacão Melissa, considerado um dos mais fortes já registrados no Atlântico, deixou um rastro de destruição e interrompeu as comunicações em várias ilhas do Caribe. Na Jamaica, o número de mortos chegou a 28, enquanto no Haiti, ao menos 30 pessoas perderam a vida e 20 continuam desaparecidas.

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