Identificação de 99 dos 117 suspeitos mortos é confirmada em coletiva de imprensa
31 de Outubro de 2025 às 16h46

Governo do RJ divulga lista de mortos em megaoperação nos complexos da Penha e Alemão

Identificação de 99 dos 117 suspeitos mortos é confirmada em coletiva de imprensa

O governo do Rio de Janeiro divulgou, na manhã desta sexta-feira (31), uma lista com os nomes de alguns dos 117 mortos durante a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28). A operação, considerada a mais letal da história do Brasil, resultou em intensos confrontos e na morte de quatro policiais.

  1. Adailton Bruno Schmitz da Silva
  2. Adan Pablo Alves de Oliveira
  3. Aleilson da Cunha Luz Junior
  4. Alessandro Alves de Souza
  5. Alessandro Alves Silva
  6. Alexsandro Bessa dos Santos
  7. Alisom Lemos Rocha
  8. Anderson da Silva Severo
  9. André Luiz Ferreira Mendes Junior
  10. Arlen João de Almeida
  11. Brendon César da Silva Souza
  12. Bruno Correa da Costa
  13. Carlos Eduardo Santos Felício
  14. Carlos Henrique Castro Soares da Silva
  15. Cauãn Fernandes do Carmo Soares
  16. Célio Guimarães Júnior
  17. Claudinei Santos Fernandes
  18. Cleideson Silva da Cunha
  19. Cleiton Cesar Dias Mello
  20. Cleiton da Silva
  21. Cleiton Souza da Silva
  22. Cleys Bandeira da Silva
  23. Danilo Ferreira do Amor Divino
  24. Diego dos Santos Muniz
  25. Diogo Garcez Santos Silva
  26. Douglas Conceição de Souza
  27. Eder Alves de Souza
  28. Edione dos Santos Dias
  29. Edson de Magalhães Pinto
  30. Emerson Pereira Solidade
  31. Evandro da Silva Machado
  32. Fabian Alves Martins
  33. Fabiano Martins Amancio
  34. Fabio Francisco Santana Sales
  35. Fabricio dos Santos da Silva
  36. Felipe da Silva
  37. Fernando Henrique dos Santos
  38. Francisco Myller Moreira da Cunha
  39. Francisco Nataniel Alves Gonçalves
  40. Francisco Teixeira Parente
  41. Gabriel Lemos Vasconcelos
  42. Gustavo Souza de Oliveira
  43. Hercules Salles de Lima
  44. Hito José Pereira Bastos
  45. Jean Alex Santos Campos
  46. Jeanderson Bismarque Soares de Almeida
  47. Jonas de Azeredo Vieira
  48. Jônatas Ferreira Santos
  49. Jonatha Daniel Barros da Silva
  50. José Paulo Nascimento Fernandes
  51. Josigledson de Freitas Silva
  52. Juan Marciel Pinho de Souza
  53. Kauã de Souza Rodrigues da Silva
  54. Kauã Teixeira dos Santos
  55. Kleber Izaias dos Santos
  56. Leonardo Fernandes da Rocha
  57. Luan Carlos Dias Pastana
  58. Luan Carlos Marcolino de Alcântara
  59. Lucas da Silva Lima
  60. Lucas Guedes Marques
  61. Luciano Ramos Silva
  62. Luiz Carlos de Jesus Andrade
  63. Luiz Claudio da Silva Santos
  64. Luiz Eduardo da Silva Mattos
  65. Maicon Pyterson da Silva
  66. Maicon Thomaz Vilela da Silva
  67. Marcio da Silva de Jesus
  68. Marcos Adriano Azevedo de Almeida
  69. Marcos Antonio Silva Junior
  70. Marcos Vinicius da Silva Lima
  71. Marllon de Melo Felisberto
  72. Maxwel Araújo Zacarias
  73. Michael Douglas Rodrigues Fernandes
  74. Michel Mendes Peçanha
  75. Nailson Miranda da Silva
  76. Nelson Soares dos Reis Campos
  77. Rafael Correa da Costa
  78. Rafael de Moraes Silva
  79. Ricardo Aquino dos Santos
  80. Richard Souza dos Santos
  81. Rodolfo Pantoja da Silva
  82. Ronald Oliveira Ricardo
  83. Ronaldo Julião da Silva
  84. Tiago Neves Reis
  85. Vanderley Silva Borges
  86. Victor Hugo Rangel de Oliveira
  87. Vitor Ednilson Martins Maia
  88. Wagner Nunes Santana
  89. Waldemar Ribeiro Saraiva
  90. Wallace Barata Pimentel
  91. Wellington Brito dos Santos
  92. Wellinson de Sena dos Santos
  93. Wendel Francisco dos Santos
  94. Wesley Martins e Silva
  95. Willian Botelho de Freitas Borges
  96. Yago Ravel Rodrigues Rosário
  97. Yan dos Santos Fernandes
  98. Yure Carlos Mothé Sobral Palomo
  99. Yuri dos Santos Barreto

Durante uma coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, confirmou que 99 dos suspeitos já foram identificados. Destes, 42 tinham mandados de prisão pendentes e muitos possuíam um histórico criminal relevante. O governador Cláudio Castro, em um vídeo divulgado nas redes sociais, também destacou que 59 dos mortos foram identificados, todos com antecedentes criminais.

A operação, denominada Contenção, envolveu cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho (CV), cumprindo aproximadamente 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão. No entanto, o principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, conseguiu escapar do cerco policial.

Segundo informações do secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, Doca utilizou membros do tráfico para criar uma barreira e fugir. O Disque Denúncia do Rio oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua captura. Doca é considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho em liberdade, estando abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos.

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Os moradores da região relataram cenas de horror durante a operação. Uma residente, que vive na área há 58 anos, descreveu a situação como “trágica”, comparando-a a um desastre natural. “A cidade está igual a uma tragédia, como quando tem tsunami ou terremoto, com corpos espalhados um em cima do outro”, afirmou.

O balanço da operação revelou um total de 121 mortes, incluindo 117 suspeitos e quatro policiais. Além dos mortos, 113 suspeitos foram presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia e Pará. Também foram apreendidos 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e uma tonelada de drogas.

As primeiras identificações dos mortos incluem líderes do tráfico de diferentes estados, como Russo, chefe do tráfico em Vitória, Chico Rato, de Manaus, e Mazola, de Feira de Santana. O governo do Rio continua a trabalhar para identificar todos os mortos e esclarecer os detalhes da operação.

Além da identificação dos mortos, a operação resultou na apreensão de 10 menores infratores e na detenção de indivíduos com vínculos diretos ao tráfico, incluindo um operador financeiro do Comando Vermelho. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que “prender o Doca é questão de tempo”, destacando que a operação foi um golpe significativo contra a facção criminosa.

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